O Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG (MHNJB) abriga 60 ha de Mata Atlântica e mais de 300 espécies em um contexto universitário de ensino, pesquisa e extensão. Além da reserva natural, o MHNJB conta com exposições permanentes e temporárias. Atualmente o MHNJB tem um público anual de mais de 40 mil pessoas incluindo o público escolar e o público espontâneo. O Programa de Educação Ambiental e Patrimonial (PEAP) conta com bolsistas que atuam diretamente no atendimento ao público, mediando atividades agendadas por grupos, exposições e promovendo ações pontuais e oficinas direcionadas ao público espontâneo, que é o mais frequente aos sábados e nas férias escolares. O PEAP oferece diferentes ações de extensão voltadas para diversos públicos (famílias, comunidade do entorno, escolas, universidades, idosos, entre outros) com o objetivo de difundir, popularizar e divulgar os acervos e os conhecimentos científicos produzidos no âmbito da UFMG. O planejamento e a oferta dessas ações de extensão, que se apoiam de forma indissociável em atividades de ensino e de pesquisa, envolvem o trabalho dos docentes pesquisadores, técnico-administrativos e a participação indispensável e interdisciplinar de mais de 25 estudantes de cursos de graduação da UFMG, de diferentes áreas do conhecimento. A interação dialógica entre o MHNJB e a sociedade é promovida de maneira variada, através de ações interativas que permitem o público contribuir como dados na perspectiva da ciência cidadã (ex.: inaturalist, mutirão de manejo da Caratinga, uma espécie invasora), promoção da acessibilidade, eventos com debatedores diversos e projetos e ações para públicos específicos (como idosos e público escolar). Desta forma, o PEAP é um programa de extrema importância para a instituição uma vez que fomenta um espaço de diálogo contínuo entre a universidade e a sociedade em geral, disseminando conhecimento e criando redes colaborativas entre a academia, a sociedade civil, as organizações governamentais e não governamentais. A manutenção deste programa de extensão é imprescindível para o cumprimento da missão institucional do MHNJB, no que concerne a sua função social de promover diálogo com a sociedade e também contribuindo para a formação científica, interdisciplinar e cidadã dos bolsistas a ele vinculados.
Objetivo geral:
Proporcionar a integração entre o Museu e a sociedade através da comunicação pública da ciência referente ao acervo museológico e ao patrimônio natural, material e imaterial do MHNJB, por meio das educações museal e ambiental em diálogo com os diferentes públicos.
Objetivos específicos:
Objetivos
- Contribuir para a formação interdisciplinar dos estudantes de graduação.
- Desenvolver materiais educativos e de divulgação científica, referentes ao meio ambiente e ao patrimônio material e imaterial;
- Promover as pautas relevantes para a sociedade atual que se inserem na missão da UFMG e do MHNJB abrindo portas para os debates sobre diversidade cultural, conscientização ambiental e conservação da biodiversidade, história, saúde única, acessibilidade, inclusão, entre outras.
- Promover diálogos com moradores e instituições do entorno do MHNJB para elaborar ações conjuntas que ampliem as atividades de extensão com e para esses públicos.
Metodologia:
O Programa de Educação Ambiental e Patrimonial do MHNJB conta com ações de extensão oferecidas pelos diferentes projetos a ele vinculados com estudantes sendo orientados por docentes de diferentes unidades da UFMG. Os bolsistas participam de encontros quinzenais para formação e atuam como mediadores em ações dos projetos aos quais estão vinculados. Além de mediar ações das suas áreas de estudo, eles também acompanham, como educadores, ações de outros projetos, o que garante, na prática, a formação interdisciplinar dos mesmos. Além das formações nas áreas de conhecimento relacionadas ao MHNJB, é fundamental realizar letramento antirracista e antitransfóbico. Palestras sobre primeiros-socorros também estão previstas. As ações de extensão do PEAP são organizadas de três maneiras: I) roteiros ou circuitos que exploram as diferentes temáticas dos acervos e espaços existentes no Museu (exposições, trilhas, jardins), sendo adaptadas aos diferentes perfis de grupos agendados; II) Ações pontuais (oficinas, palestras, vivências), oferecidas pelos projetos geralmente aos sábados e nas férias escolares, voltadas preferencialmente ao público espontâneo; III) ações extra-muros que incluem entrevistas e troca de experiências com moradores da região, parcerias com unidades básicas de saúde e atendimento às demandas específicas de escolas em seus próprios espaços.
Indicadores de avaliação:
Parte das ações de extensão são avaliadas pela equipe do Setor Educativo do MHNJB que, por meio de formulários respondidos pelo público e pelos bolsistas, conseguem obter diferentes visões sobre a experiência da visita possibilitando reflexão e aperfeiçoamento das práticas. Cada orientador realiza reuniões periódicas com seus orientandos que incluem avaliações qualitativas das atividades oferecidas no âmbito dos seus respectivos projetos e da própria atuação dos bolsistas.
Reuniões periódicas entre a coordenação acadêmica do PEAP, direção do MHNJB e os coordenadores dos projetos buscam avaliar a organização geral do Programa.
Estudantes membros da equipe
Plano de atividades:
Os planos de trabalho dos bolsistas contam com uma agenda de formação continuada ao longo de todo o período da bolsa bem como atendimento de atividades essenciais promovidas pelo MHNJB, que são atendimento ao público escolar, mediação das exposições abertas ao público espontâneo e participação em ações de extensão promovidas aos sábados para o público espontâneo ou outros grupos que demandam atendimento específicos aos projetos vinculados.
Para 2026 a formação continuada constitui-se de encontros quinzenais, depois de realizada a semana do curso “Museu em pauta”. A programação anual inclui a formação em setores educativos de pelo menos quatro outros espaços museais ou de educação ambiental em Belo Horizonte (Espaço do Conhecimento, Estação Ecológica da UFMG, Fundação Zoobotânica e Instituto Inhotim) bem como formações de áreas específicas com os docentes orientadores dos projetos vinculados ao Programa. Desta forma espera-se garantir a formação multidisciplinar dos bolsistas. A formação específica da área de atendimento visa garantir a qualidade dos conteúdos trabalhados e será realizada durante os encontros regulares entre as equipes dos projetos.
Plano de acompanhamento e avaliação:
O acompanhamento dos bolsistas é realizado pelos orientadores docentes por meio de registro de frequência e avaliação.
O processo de orientação ocorre por meio de encontros dos bolsistas com os docentes que coordenam as ações de extensão (projetos, eventos e cursos) nos quais discute-se as dificuldades, pontos positivos e demandas para aprimoramento da prática discente no desenvolvimento do seu plano de trabalho.
Processo de avaliação:
O/a bolsista deve participar da avaliação processual realizada pelos orientadores, através de feedback sobre o desenvolvimento das atividades nas reuniões quinzenais. Além disto, será avaliada a participação e apresentação dos projetos na Jornada de Extensão da UFMG/2026 e do Encontro de Extensão 2026.
Informações específicas
Articulado com política pública:
Sim
Vínculo com Ensino:
Sim
Vínculo com Pesquisa:
Sim
Informações adicionais
Informações adicionais:
As ações do museu estão alinhadas com políticas públicas que visam acessibilidade, inclusão e conservação da biodiversidade. O MHNJB está finalizando as adaptações estruturais para atendimento adequado às pessoas com mobilidade reduzida, em parceria com o Demai-UFMG. Oferece novo jogo que pode ser utilizado por pessoas com deficiências visuais e está desenvolvendo maquete e mapas táteis para ampliar a acessibilidade. Em maio/2025 foi estabelecida parceria com o Centro de Saúde Horto para realização do projeto “Idosos no Museu” com o Grupo de Convivência Girassol.
A conservação da biodiversidade está alinhada com a Convenção sobre a Diversidade Biológica, com trilhas interpretativas que sensibilizam os públicos sobre a importância da preservação e ações de restauração ecológica por meio do cultivo de espécies nativas no viveiro de mudas. Além disso, as pessoas são convidadas a participar de ações de ciência cidadã, no âmbito das pesquisas desenvolvidas no Jardim Botânico.
