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Descrição |
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Introdução e justificativa: |
Sabemos que ao longo dos séculos a arte foi substancialmente menos acessível às pessoa hoje chamamos no Brasil com deficiência ou com necessidades especiais. Sabemos também que muitos passos foram dados desde o século XX no sentido de uma sociedade mais democrática, fundada na igualdade de direitos e oportunidades . Entretanto, é de grande evidência que ainda nos resta muito a fazer e que nenhuma forma de discriminação pode hoje fazer parte do nosso panorama.
Os entrelaçamentos entre os mundos da arte, educação e da deficiência ou da doença nos proporcionam diferentes cenários que não apenas definem nossos objetivos de trabalho como revelam nossa maneira de entender, perceber e conceber as fronteiras daqueles dois conceitos. Observa-se que muitas vezes, sente-se necessidade de enquadrar a prática artística como terapêutica, mesmo não tendo dimensão clínica. Nessa ótica, indivíduos “normais” podem praticar uma atividade artística, mas com os indivíduos não ordinários esse direito desaparece. É como se a pessoa “não ordinária” nada tivesse a oferecer nem à arte, nem à sociedade. O preconceito a reduz à sua marca identificadora, ao seu estigma. Enquanto “doente” ou “deficiente”, não teria o direito de praticar uma forma de arte, mas apenas o de se fazer “curar” através da arte. Insere-se o indivíduo num espaço determinado, que enfatiza sua diferença.
No que tange à educação, observa-se que ainda nos resta muito a fazer para a criação de novas metodologias de trabalhos, oriundas da singularidade e especificidade do indivíduo.
Mais do que a aceitação da diversidade, procuramos valorizar e tornar possível uma transformação efetiva nos fazeres a partir da diferença.
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Objetivo geral: |
• Proporcionar práticas artísticas gratuitas com pessoas em situação de doença, vulnerabilidade e/ou deficiência;
• Proporcionar atividades artísticas para pessoas em situação de doença, vulnerabilidade e/ou deficiência;
• Promover espaços de reflexão a sobre o tema Arte, Educação e Diferença.
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Objetivos específicos: |
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Objetivos |
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• Encorajar iniciativas artísticas sensíveis à singularidade, necessidades e especificidades do
sujeito;
• Criar espaços de convivialidade voltados para a melhoria dos laços sócias e do bem-estar do indivíduo através de práticas artísticas.
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Metodologia: |
A metodologia de ensino aplicada pelos estudantes na atividades, decorrerá através do acompanhamento realizado pelas professoras de cada curso e sobretudo por
intermédio das diferentes vivências provocadas no encontro de cada sujeito, com suas especificidades próprias. Para tanto, se faz necessário encontros regulares entre bolsistas e docentes para que as orientações acompanhem o fluxo das questões engendradas pela prática. Trata-se de um projeto interativo, democrático, crítico e transdisciplinar, que engrandece a formação do estudante em licenciatura e as oportunidades de experiências sensíveis para pessoas especiais.
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Indicadores de avaliação: |
- Presença dos participantes; Análise dos relatórios semanais e formulários entregues aos participantes no final do ano.
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Estudantes membros da equipe |
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Plano de atividades: |
1.Participar dos encontros preparatórios para o início das oficinas e intervenções artísticas. 2. Participar da organização de cronograma de prática docente e intervenções artísticas. 3. Participar das oficinas e intervenções artísticas. 4. Redigir um relatório semanal sobre as oficinas e intervenções ofertadas. 5. Participar dos encontros quinzenais com docentes para esclarecer dúvidas oriundas da prática docente. 6. Participar do grupo de estudos Corpos Mistos. 7. Participar da avaliação trimestral das atividades realizadas. 8. Contribuir com a organização de debates sobre a temática Arte, Educação e Diferença envolvendo os participantes das oficinas e a comunidade interna e externa à UFMG. 9. Escrever o relatório final. 10. Participar da avaliação final do projeto.
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Plano de acompanhamento e avaliação: |
1. Encontros preparatórios teórico e prático, nos qual quais os docentes irão propor uma discussão sobre Arte e Diferença e dar fornecer ferramentas para para o início das oficinas artísticas e intervenções no hospital das Clínicas. 2. Condução das primeiras oficinas abertas ao público, pela coordenadora, de modo a auxiliar os estudantes na construção de seus próprios processos metodológicos. 3. Encontros quinzenais com o objetivo de esclarecer dúvidas oriundas da prática docente. 4. Acompanhamento na produção de debates sobre a temática Arte e Diferença, a serem realizados pelos bolsistas. 5. Leitura e análise dos relatórios enviados.
Processo de avaliação: 1. Frequência e participação nos encontros estabelecidos; 2. Cumprimento satisfatório das tarefas; 3. Elaboração, condução e execução das atividades previstas; 4. Análise dos relatórios.
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Informações específicas |
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Articulado com política pública:
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Não
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Vínculo com Ensino:
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Não
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Vínculo com Pesquisa:
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Não
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Informações adicionais |
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Informações adicionais: |
O programa acolhe dois projetos de extensão:
arte e diferença e Artear. Acolhe também o grupo de estudos Corpos Mistos e seus eventos.
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