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Programa - 500540 - Grupo de Pesquisa em Medicina da Conservação – ECOS UFMG

Descrição
 
Introdução e justificativa:
Em áreas impactadas pelo ser humano, o compartilhamento do meio ambiente com os animais silvestres pode se tornar permanente, e o estreitamento desta relação aumenta a probabilidade de transmissão de patógenos com potencial epizoótico e zoonótico, ocasionando desequilíbrio da biodiversidade e problemas de saúde pública (MACKENSTEDT et al., 2015). Atualmente, o controle e o monitoramento do status sanitário das populações de animais domésticos e silvestres vem destacando sua importância no âmbito da saúde humana e da medicina de conservação, reforçando o conceito de saúde única aplicada à interdisciplinaridade de ações em sustentabilidade.
O constante crescimento urbano é responsável pelo declínio da biodiversidade em áreas em desenvolvimento, considerando que muitas espécies silvestres são incapazes de se adaptar às alterações ambientais causadas pelas ações antrópicas. O isolamento de fragmentos naturalmente preservados, formados nas cidades, causam modificações profundas na dinâmica das populações animais e vegetais (LUNIAK, 2004; BRADLEY & ALTIZER, 2007). Extinção, dispersão e colonização são frequentes até que se estabeleça um novo equilíbrio. Espécies raras e com pequena área de distribuição, assim como aquelas que necessitam de habitats muito amplos e especializados são, aparentemente, mais suscetíveis aos efeitos da fragmentação. Entretanto, algumas espécies com hábitos generalistas são capazes de sobreviver e de se reproduzir em ambientes antropizados devido à alta disponibilidade de recursos (TURNER, 1996; RAMBALDI, 2003).
Entre as populações urbanas de animais silvestres existem diferenças ecológicas e comportamentais significativas, em comparação com populações da mesma espécie que vivem de forma mais isolada do ser humano. As alterações mais características dessas populações compreendem a alta densidade; o comportamento migratório reduzido; a época de reprodução prolongada, permitida principalmente por uma vida sedentária e condições microclimáticas favoráveis; uma maior longevidade associada a uma melhor sobrevivência, devido principalmente a condições favoráveis de alimentação; seleção individual enfraquecida; comportamento alimentar ajustado aos aspectos humanos e redução da agressividade e da distância de fuga em relação às pessoas. Essas mudanças nos parâmetros ecológicos e comportamentais podem ser explicadas pelo efeito direto
das condições urbanas e estão relacionados à plasticidade natural dessas espécies (LUNIAK, 2004).
Além dos impactos diretos da urbanização sobre a biodiversidade, o processo saúde-doença se desequilibra, podendo gerar ainda mais desafios para as populações de animais silvestres (BRADLEY & ALTIZER, 2006). Nesse sentido, estão alguns patógenos de particular importância, com capacidade de infectar múltiplos hospedeiros, em sua maioria de caráter zoonótico e epizoótico (CLEAVELAND et al., 2001). Essa baixa especificidade possibilita a manutenção da atividade desses agentes no ambiente fragmentado, favorecendo uma contínua relação entre o agente etiológico e seu(s) hospedeiro(s), seja(m) ele(s) animais silvestre(s), doméstico(s) e/ou populações humanas (DASZAK et al., 2000).
Portanto, para uma melhor compreensão dos processos que afetam a epidemiologia dos patógenos em ambientes urbanos e periurbanos, é crucial obter informações mais detalhadas sobre as densidades populacionais, taxas de contato e deslocamento das espécies silvestres adaptadas a esses ambientes. Esses dados fornecerão subsídios fundamentais para a formulação de políticas públicas voltadas ao controle de doenças zoonóticas, bem como para a redução da exposição humana a essas enfermidades.
 
Objetivo geral:
O objetivo do presente grupo de pesquisa e extensão é realizar o levantamento demográfico e epidemiológico das populações de animais silvestres e domésticos em áreas preservadas e impactadas do estado de Minas Gerais, promovendo subsídios para a elaboração de políticas públicas e ações de educação educação solucionaria em saúde única e conservação. Ainda, otimizar os esforços de captura e disponibilizar as amostras obtidas no campo para os parceiros envolvidos, com a finalidade de baixar custos
 
Objetivos específicos:
  Objetivos
Otimizar esforços na coleta de amostras biológicas e demográficas;
Baixar custos envolvidos em pesquisas de saúde única e medicina da conservação;
Somar esforços na captação de recursos destinados à execução dos projetos de pesquisa;
Integrar a análise dos dados obtidos às diversas áreas do conhecimento;
Elaborar procedimentos operacionais padrões (POPs) para a captura e coleta de amostras biológicas de animais silvestres de vida livre;
Realizar campanhas de captura de animais silvestres para a coleta de amostras biológicas;
Realizar campanhas de amostragem de animais domésticos do entorno das áreas preservadas;
Pesquisar os agentes etiológicos de interesse para saúde única;
Realizar o manejo ético populacional de animais domésticos nas áreas estudadas;
Realizar o diagnóstico de conflitos entre a população humana, fauna doméstica e silvestre local;
Realizar ações educativas junto a comunidade;
Propor ações para mitigar o conflito entre pessoas e animais silvestres.
Metodologia:
- O grupo de pesquisa será formado por professores, servidores e alunos de pós e de graduação, que trabalharão em conjunto no desenvolvimento de pesquisas relacionadas à saúde humana, animal e ambiental. Em algum grau, eles compartilharão instalações, equipamentos e financiamentos, visando promover a colaboração e o avanço científico nessas áreas.
- As áreas de atuação para os projetos almejados serão definidas a partir das demandas específicas para o grupo de pesquisa e extensão. Inicialmente o grupo pretende vincular três projetos de extensão que já atuam nas temáticas envolvidas, sendo estes nos parques urbanos de Belo Horizonte, estação ecológica da UFMG e nas Terras Indígenas Xakriabá no Norte de Minas Gerais.
- Considerando a diversidade de ações propostas para o programa, as definições de coletas e triagem de amostras de cunho demográfico, sanitário e conservacionista serão estabelecidas perante a submissão dos projetos de extensão específicos, e, em coerência com as determinações dos conselhos de ética em pesquisa com seres humanos e animais.
Da mesma forma, como um dos objetivos do grupo é o compartilhamento de dados e amostras para a otimização de resultados de elevado impacto à saúde única, visa-se a abordagem transdisciplinar para o uso ético e consciente de parcerias para metas específicas.
- A partir de resultados coletados na execução de projetos, será possível elaborar artigos científicos para publicação. Os artigos serão escritos pelos integrantes do Projeto e pelos parceiros, com supervisão e revisão do orientador.
Além disso, considerando o potencial extensionista do Programa, objetiva-se realizar ações específicas para práticas de educação solucionária em saúde única e conservação, nas áreas de importância para os resultados obtidos. Desta forma, através de uma linguagem que respeite a ecologia dos saberes, e, possibilite a divulgação científica acessível a sociedade civil organizada, as mudanças observadas no cenário de pesquisa possam impactar de forma positiva as comunidades que mantém relação direta com os impactos observados.
- Captação de recurso: O projeto prevê 3 tipos de cotas de patrocínio, oura prata e bronze. O Programa também visará a venda de produtos, realização de cursos de capacitação para graduandos e pós-graduandos e submissão de projetos em agências de fomento.

 
Indicadores de avaliação:
Presença, frequência, pesquisa de satisfação, coleta de dados para estabelecimento de indicadores de qualidade do projeto.
 
 
Estudantes membros da equipe
 
Plano de atividades:
O grupo de pesquisa será composto por professores e alunos que em conjunto desenvolverão pesquisas relacionadas à saúde humana, animal e ambiental, e que, em algum grau, compartilharão instalações, equipamentos e financiamentos. Além disso, serão realizadas reuniões quinzenais para alinhamento das atividades propostas, desenvolvimento de material científico e de divulgação, discussão de resultados e de novos projetos.
Dentro do grupo existem comissões, onde os discentes se encaixam de acordo com interesse e necessidade do grupo. e também realizam trabalhos de acordo com a demanda de cada comissão: coordenação, secretariado, marketing, comunicação, projetos, financeiro, planejamento e resultados.
 
Plano de acompanhamento e avaliação:
Os estudantes terão tutoria da coordenação do projeto, obtendo orientação para o máximo aproveitamento do conteúdo e das atividades em seu aprendizado.
Participação nas reuniões, projetos, atuação à campo e laboratorial, elaboração e divulgação de projetos e resultados. Nas reuniões, serão realizadas atas que serão avaliadas e arquivadas no material do grupo.
 
 
Informações específicas
 
Articulado com política pública: Não
 
Vínculo com Ensino: Sim
 
Vínculo com Pesquisa: Sim
 
 
Informações adicionais
 
Informações adicionais:
O programa proposto é continuidade do Projeto - 403691 - Grupo de Pesquisa em Medicina da Conservação, iniciado em 2019 e que apresenta bom desenvolvimento, participação dicente e vinculação de projetos.
 
 




 

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