O COMUNI é um programa que se propõe a fazer a ligação entre os projetos de Extensão Universitária desenvolvidos no município de Pompéu-MG e região. Sua atuação é pautada pela multi e transdisciplinaridade e a articulação indissociável da extensão ao ensino e a pesquisa. Atualmente são desenvolvidos quatro projetos: 1- “Ação para o desenvolvimento de comunidades de agricultura familiar no município de Pompéu-MG”, que visa atuação junto a comunidades de agricultura familiar, assentamentos de reforma agrária e comunidades de povos tradicionais; 2- “Prosa com Pompéu: os resultados de um trabalho conjunto”, que se dedica a produção de programas de rádio para a divulgação das ações dos projetos vinculados e também de informações para a população; 3 – “Ações de Educação em Saúde para Comunidades de Agricultura Familiar” projeto desenvolvido pela Faculdade de Medicina em parceria à Escola de Veterinária da UFMG que se propõe a fazer trabalhos de educação em saúde nas comunidades rurais onde haja ações dos outros projetos vinculados ao programa; 4- “Ações para Desenvolvimento da bovinocultura leiteira para Agricultura Familiar no município de Felixlândia-MG” se propõem a desenvolver ações de assistência técnica com produtores do município vizinho.
O programa criado em 2012, ao longo dos seus dez anos de execução, tem modificado seu foco de ação de acordo com as demandas dos parceiros locais, surgimento de novas parcerias e também em decorrência de parcerias firmadas com projetos de outras áreas do conhecimento, como a medicina humana. Assim, as mudanças do COMUNI refletem sua capacidade de dialogar com o público e com outros seguimentos da universidade. Deste modo, o volume de ações desenvolvidas nestes projetos fez necessária a criação do Programa, para que este as articule, com melhor aproveitamento dos recursos, veículos destinados ao deslocamento das equipes, estratégia de alojamento de estudantes e professores, divulgação dos resultados e o redirecionamento das atividades entre os projetos. Deste modo, as ações demandadas em um projeto que se adequem melhor a outro são redirecionados, assim como os resultados das diversas atividades são divulgados pelo “Prosa com Pompéu”.
Os resultados do programa alcançaram reconhecimento regional, sendo demandadas ações em município vizinho, o que reafirma o reconhecimento da população quanto à importância do programa. E também a sua capacidade de articulação para a criação de políticas públicas.
Todos os projetos são alinhavados para cumprir os requisitos da integração e cooperação institucionais, e são estruturados de modo a contemplar suas articulações com a pesquisa e com o ensino. Cabe ainda ressaltar que todos se enquadram nas diretrizes da extensão universitária preconizadoras da relação social de impacto, que têm como princípio atender a interesses e necessidades da maioria da população e a superação de desigualdade e exclusão.
Ao longo dos anos o Programa se move no sentido de responder críticas feitas à universidade, enquanto instituição, apontando seu distanciamento das populações ao seu redor, sua característica elitizante, e sua relação com o ensino e à pesquisa que pouco contribuem com as populações mais pobres. É com esse nível de preocupação que se concebeu o presente programa, que tem como finalidade estabelecer ou aprofundar a interação da Escola de Veterinária e da UFMG com a sociedade na qual se encontra inserida, especificamente o município de Pompéu e Região.
As ações desenvolvidas se pautam por princípios educativos e participativos, que tem o público alvo como protagonistas das iniciativas. São atividades que também se esforçam no sentido de colaborar com o comprimento do Plano Nacional de Educação, ao se articulares com disciplinas que caracterizam a formação em extensão. Neste aspecto, várias disciplinas são desenvolvidas de forma articulada ao programa, contribuindo para o maior leque de opções para integração discente e dos cursos a proposta de Formação em Exten
Objetivo geral:
Possibilitar e ampliar a integração da UFMG com a grande comunidade de Pompéu e de municípios vizinhos, facilitar a coordenação das ações de Extensão desenvolvidas na região, com a otimização dos recursos e ampliação dos resultados. Fortalecer a extensão como dimensão acadêmica da Universidade na perspectiva da Formação em Extensão, inclusive com o desenvolvimento de disciplinas de graduação dentro das ações que compõem o programa
Objetivos específicos:
Objetivos
Possibilitar a troca de informações entre os diversos projetos;
Organização das ações para a maximização dos recursos investidos pela instituição e pelos diversos projetos;
Captar as demandas das populações parceiras dos projetos e repassar para aquele que possui as melhores condições para o atendimento;
Propiciar a formação e a reciclagem de alunos e professores, em termos de construção da consciência crítica sobre os fatos e situações vivenciadas;
Proporcionar a oferta de Estágio Obrigatório Supervisionado;
Promover trabalhos de educação em saúde com as comunidades de agricultura familiar do município;
Permitir aos estudantes de cursos da área da saúde o contanto com a realidade vivenciada por comunidades rurais;
Desenvolver trabalhos de visita individual às famílias, integrantes das comunidades atendidas, para ações de assistência básica a saúde e educação em saúde;
Fomentar a produção agroecológica com vistas a redução dos impactos ambientais;
Promoção de reuniões de trocas de saberes entre os produtores familiares para empoderamento e valorização cultural das práticas das comunidades;
Gerar visibilidade às questões da Agricultura Familiar do município e região;
Trabalhar questões relativas à comercialização, implementação de políticas públicas, fortalecimento de associações e conselhos;
Propor a execução de cursos no âmbito dos projetos que atendam as demandas da população local.
Articular ações junto a Movimentos Sociais e organiza
Possibilitar a troca de informações entre os diversos projetos;
Organização das ações para a maximização dos recursos investidos pela instituição e pelos diversos projetos;
Captar as demandas das populações parceiras dos projetos e repassar para aquele que possui as melhores condições para o atendimento;
Propiciar a formação socialmente comprometida dos participantes da propostas, especialmente dos estudantes;
Promover trabalhos de educação em saúde com as comunidades de agricultura familiar do município;
Permitir aos estudantes de cursos da área da saúde o contanto com a realidade vivenciada por comunidades rurais;
Desenvolver trabalhos de visita individual às famílias, integrantes das comunidades atendidas, para ações de assistência básica a saúde e educação em saúde;
Fomentar a produção agroecológica com vistas a redução dos impactos ambientais;
Promoção de reuniões de trocas de saberes entre os produtores familiares para empoderamento e valorização cultural das práticas das comunidades;
Gerar visibilidade às questões da Agricultura Familiar do município e região;
Trabalhar questões relativas à comercialização, implementação de políticas públicas, fortalecimento de associações, sindicatos e conselhos;
Propor a execução de cursos no âmbito dos projetos que atendam as demandas da população local.
Articular ações junto a Movimentos Sociais e organizações da agricultura familiar
Metodologia:
Todos os projetos vinculados são associados à disciplinas de graduação da Escola de Veterinária, servindo como campo para aulas práticas. Estas disciplinas são: “Tópicos Avançados em Bovinocultura de Leite”, “Extensão em Veterinária”, “Extensão em Aquacultura”, “Setor Agrário e Organização Social no Brasil”, além de disciplinas ligadas a outras unidades da UFMG que fazem aulas de campo com as comunidades parceiras do programa. O que possibilita a diversificação das aulas, inserindo o aluno em um cenário real que remete à responsabilidade social.
Por meio desta articulação os estudantes tem a possibilidade de se integrar à realidade das diversas classes sociais presentes nas áreas rurais e urbanas de cidades tipicamente rurais do interior de Minas Gerais. Estes, tem a possibilidade de desenvolver trabalhos no campo, sejam eles de orientação técnica, de mobilização social ou envolvendo o atendimento à saúde humana e animal, contando com a orientação de professores da UFMG e também com a participação de alunos de pós graduação, enriquecendo as discussões e ampliando a abrangência acadêmica do programa.
O programa se desenvolve por meio de articulação entre os diversos parceiros que o compõem, sejam prefeituras, comunidades, produtores atendidos e equipe interna da UFMG. A organização das ações se dá por meio do diálogo entre os atores dos diferentes projetos, quando são traçadas estratégias para execução das atividades.
Na perspectiva do programa a interação com o público alvo se dá de maneira dialógica, rejeita-se posturas verticalizadas, normativas, autoritárias. Neste aspecto, as atividades devem se pautar por conduta educativa, na qual o ser humano deve ser sempre o sujeito do processo. Neste sentido, tem-se a valorização dos saberes locais por meio da discussão da importância de práticas alternativas de produção, com vistas a reduzir os impactos ambientais dos sistemas produtivos.
Outra preocupação das ações é quanto a participação política das comunidades de agricultura familiar, com isso são desenvolvidas atividades e realizados eventos para mobilização popular e fortalecimento dos conselhos. Ações que complementam as atividades de orientação técnica e educação em saúde. Nesta perspectiva o programa ultrapassa a visão conceitual do meio rural associado a um lugar unicamente para a produção, para uma visão abrangente de espaço onde há produção e reprodução social, transformação e preservação do ambiente, socialmente constituído dotado de comunidades que possuem valores culturais e sociais próprios, que não ascendem à participação em políticas públicas e também apresentam condições sócio-econômicas desfavoráveis.
Desta forma, propõem-se ação inovadora, valorizadora da produção familiar e das comunidades rurais, que visa não apenas aspectos sociais, mas também melhorias materiais nas condições de vida e produção desta população.
Sempre que pertinentes os resultados e os dados gerados serão utilizados para a produção científica.
Indicadores de avaliação:
O programa é avaliado por seus parceiros locais e pelos participantes da UFMG em momentos e com objetivos distintos.
Os parceiros locais vão avaliar as ações do programa segundo o atendimento as suas demandas. Nesta avaliação serão levados em conta os aspectos relativos à interação dialógica e as formas de contato estabelecidas entre os participantes da Universidade e os parceiros. Com destaque as comunidades rurais.
A avaliação do projeto pelos participantes da UFMG se dará pela perspectiva dos resultados acadêmicos da ação, seu impacto na formação dos estudantes e sua capacidade de articulação com ações de formação em extensão, com especial atenção a vinculação ao ensino de graduação.
A avaliação com os parceiros locais será feita em reuniões previamente agendadas. Nesta todos terão direito a voz independente de qualquer hierarquização onde serão criados indicares a serem aplicados para a avaliação de cada projeto.
Estudantes membros da equipe
Plano de atividades:
Os estudantes que compõe a equipe do programa, sejam bolsistas ou voluntários, tem a função de participar da concepção e execução das ações propostas. Tem-se assim, que a equipe de estudantes atua nas diferentes frentes de trabalho com produções variadas, cumprindo o requisito da multidisciplinaridade. Desta forma, os recursos disponíveis são maximizados. Também é de responsabilidade dos estudantes a coleta de novas demandas, em cada ação implementada. São responsáveis por organizar as atividades de campo desde a solicitação de veículos até o contato com os produtores e a confirmação da atividade com eles, passando pela preparação dos materiais necessários para as aulas práticas. Estes ainda são responsáveis pelo contato com os professores responsáveis pelos projetos para comunicá-los do agendamento, possibilitando a maior coordenação das atividades desenvolvidas nos municípios. A cada atividade desenvolvida os estudantes vinculados ao programa devem fazer relatórios, estes tem o objetivo de gerarem a memória do programa. Para fins da concorrência no edital PBEXT 2021 solicita-se a manutenção das 04 bolsas e a ampliação de mais duas, um total de sete bolsas requeridas pelo programa. Divididas em 01 bolsa para o programa; 02 bolsas para o projeto Prosa com Pompéu; 02 para o Ação para Desenvolvimento de comunidades; 01 para o Educação em Saúde. O plano de trabalho específico em cada projeto.
Plano de acompanhamento e avaliação:
O coordenador do programa acompanhará os resultados das visitas ao município e se reunirá com os bolsistas e orientadores semanalmente. As viagens acontecem todas as semanas e são necessárias diferentes ações a cada uma delas, dependendo dos resultados da semana anterior, por isso a necessidade de reuniões semanais.
O monitoramento das ações também é feito semanalmente nas reuniões do Grupo de Estudos da Agricultura Familiar – GEAF – da Escola de Veterinária da UFMG. Nesta são debatidos os resultados das viagens, as demandas e os problemas encontrados.
Desta forma, os orientadores fazem o acompanhamento dos aspectos acadêmicos da atuação dos estudantes, sejam eles bolsistas ou voluntários
Processo de avaliação:
Os estudantes vinculados as equipes são avaliados, sempre de forma propositiva, quanto ao seu grau de comprometimento e interesse em participar das atividades, a qualidade das atividades desenvolvidas, capacidade de comunicação com os integrantes de todos os projetos e de integração das ações realizadas, seu relacionamento com o grupo da UFMG e o público externo.
Desta forma, cria-se ambiente em que o processo de avaliação se desdobra em processo de aprendizado no qual o estudante é sempre incentivado a buscar informações que o auxiliem a superar os problemas vivenciados por ele nos trabalhos a campo e no relacionamento com a equipe.
Informações específicas
Articulado com política pública:
Sim
Vínculo com Ensino:
Sim
Vínculo com Pesquisa:
Sim
Informações adicionais
Informações adicionais:
Ao longo dos doze anos de existência o programa passou por diversas modificações, com a inclusão e a conclusão de projetos. Estas mudanças se deram de acordo com demandas dos parceiros locais. As ações do projeto desenvolvidas em Pompéu passaram a ser aquelas de atendimento exclusivo a agricultura familiar, notadamente trabalhos com assentamentos de reforma agrária e comunidade remanescente de quilombolas. Ações que se configuraram pela atenção a publico socialmente excluído. Neste município também houve esforço para apoio ao Conselho de Desenvolvimento Rural (CMDRS) e a construção de políticas sociais para o meio rural.
Já em Felixlândia foram fortalecidas as atividades de assistência técnica, que tem também com foco na produção familiar, que passaram a se constituir como parte da política municipal de atendimento a área rural.
Sua produção foi reconhecida por premiações internacionais, como a Jornada de Jóvenes Investigadores, em eventos técnico Zootec e na Semana doConhecimentoUF
