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Projeto - 403890 - INOVAQUA - Inovação e compromisso social: assistência técnica e extensão rural para a aquicultura

Descrição
 
Introdução e justificativa:
A atuação profissional no âmbito das ciências agrárias, em serviços de assistência técnica e extensão rural (ATER), caracteriza-se principalmente por profissionais autônomos que se relacionam diretamente com os produtores. O que não é diferente no atendimento as produções de organismos aquáticos. Com visita às propriedades para atenção as demandas e solução dosproblemas enfrentados pelos sistemas de produção.
Porém este modelo de ATER apresenta problemas. O primeiro deles é ser pontual, quando da existência de problemas, não permitindo atenção preventiva. Outras questões são a descontinuidade das ações e o não acompanhamento por parte do técnico dos resultados alcançados nem da forma de implementação das recomendações.Na perspectiva do técnico esta atuação autônoma gera insegurança, principalmente no início da vida profissional, quanto ao alcance de clientes e rendimentos. Para os produtores o contato pessoal e as relações daí recorrentes transmitem sentimentos de “amadorismo”, com relativo descrédito.
Na tentativa de contornar estas questões nos últimos anos surgiram empresas de ATER que fazem a captação de clientes e os repassam a técnicos. O serviço é fornecido pela empresa que usa os resultados e capacitação dos técnicos vinculados a ela, indiretamente, para a captação de novos clientes. Assim a empresa e os técnicos, vinculados como pessoas jurídicas, se beneficiariam. Porém, parte significativa da remuneração pertence à empresa, aos profissionais cabe arcar com os custos e riscos do deslocamento e dos trabalhos.
Neste sentido a articulação de técnicos em redes de apoio ou cooperativas tem asmesmas vantagens sem a presença de empresa que se apropria da maior parte dos ganhos. Sendo esta uma estratégia para superação dos modelos convencionais de vinculação dos extensionistas às propriedades rurais.
Em geral a formaçãouniversitária se preocupa mais com a qualificação técnica de seus estudantes e pouco com a formação humanística que permita-lhe vislumbrar formas de atuação profissional alternativas ao padrão empresarial, tecnológico e detentor de grandes capitais. Formação que exclui aqueles setores menos capitalizados e mais marginalizados. Também não é desenvolvida a capacitação para vinculação profissional de forma autônoma e inovadora.
O fracasso deste modelo tradicional de atuação dos profissionais das ciências agrárias pode ser demonstrado pelo fato de apenas 20,21% das propriedades rurais no Brasil receberem algum tipo de atendimento em ATER. Situação que se torna mais grave quando se analisa o quadro das propriedades que se dedicam a produção de organismos aquáticos que além de representarem apenas 0,37% das propriedades rurais, apenas 30,42% recebem algum tipo de assistência técnica. Ao mesmo tempo os dados que revelam grande potencialidade para o crescimento do setor e dos trabalhos de ATER junto aos aquicultores é também desafiador. São poucas propriedades dedicadas a produção de organismos aquáticos e pouca tradição em demanda por orientação técnica.
É com estas preocupações que se propõem o acolhimento de demandas de trabalhos de ATER vindas dos setores produtivos e a organização de uma forma de trabalho cooperado e associativo aos estudantes. Inova disponibilizando serviço de ATER com tecnologias modernas, permitindo que os estudantes rompam com a estrutura “empresarial” tradicional e vivam a experiência de vinculação profissional cooperada e associativa.
Diante deste quadro propõem-se o desenvolvimento de iniciativa capaz de propor ações de ATER com metodologia inovadora pautada no respeito a autonomia dos grupos locais, diálogo e troca de saberes com os produtores. Propõem-se a utilização de equipamentos que permitam a qualificação da produção de organismos aquáticos e a preservação ambiental. Resultando em geração e diversificação de renda e a autonomia dos grupos locais. O Curso de Aquacultura não possui Empresa Júnior (EJ), como campo acadêmico para prática e incentivo aos estudantes para criação
 
Objetivo geral:
Fomentar a inovação na cadeia produtiva da aquicultura possibilitando aos estudantes atuação no mercado de trabalho por meio de inserção em atividades cooperadas e associativas de vinculação profissional, utilização de equipamentos e metodologias de controle dos fatores produtivos e ambientais.
 
Objetivos específicos:
  Objetivos
Fomentar a produção sustentável da aquacultura, com vistas a redução dos impactos ambientais da produção no meio ambiente e formas de organização socialmente justas
Articular a formação dos estudantes com vistas a atuação profissional na perspectiva da produção de alimentos sem impactos negativos na conservação ambiental
- Implantar processo de controle zootécnico e contábil das produções e monitoramento dos parâmetros de qualidade de água;
- Fomentar a sustentabilidade na aquacultura;
- Fornecer ATER para produtores de organismos aquáticos;
- Vivência profissional da ATER aos mais diversificados sistemas de produção de organismos aquáticos aos estudantes vinculados ao projeto;
- Fomentar a inovação no uso de equipamentos e técnicas de produção de organismos aquáticos com vistas ao aumento da produtividade, melhor inserção nos mercados e preservação ambiental;
- Ampliar o contato do curso de Aquacultura da Escola de Veterinária da UFMG, docentes e discentes, com o setor produtivo com vistas à maior visibilidade e empregabilidade dos egressos;
- Possibilitar aos estudantes vivenciar a experiência profissional na perspectiva cooperada e associativa;
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Metodologia:
A proposta entende a Inovação na produção de organismos aquáticos como forma de produção com respeito ambiental e redução de desigualdades. Por meio do uso de equipamentos tecnológicos para mensuração dos parâmetros de qualidade da água,organização contábil e dos indicadores zootécnicos.Interação profissionais aos sistemas de produção, da grande propriedade capitalizada a produção para o autoconsumo, povos tradicionais e grupos vulneráveis. Com captação de demandas por redes socais, indicação de parceiros e outras pertinentes.
As ações desenvolvidas serão pautadas pela dialogicidade e o relacionamento horizontalizado entre a equipe do projeto e os produtores atendidos. Na perspectiva da ação extensionista serão utilizados os apontamentos de Prado e Ramirez (2011) e Ramirez et al. (2019), voltados para a proposta de prática que atenda a agricultura familiar e a aquacultura.
A atenção aos sistemas de produção seguirá os seguintes passos: Diagnóstico de sistema de produção, mensuração dos parâmetros de qualidade da água, elaboração de recomendações se necessário e acompanhamento da produção. A mensuração dos parâmetros de qualidade de água (Oxigênio, pH, Temperatura, compostos nitrogenados) mensurados na superfície e em diferentes profundidades, permite analisar o impacto ambiental da atividade, indica mudanças no manejo dos animais e a possibilidade de ampliação ou necessidade de retração da atividade.Para avaliação da condição sanitária dos sistemas são necessários exames complementares, realizados a campo e também nos laboratórios da Escola de Veterinária da UFMG. A escrituração zootécnica e contábil da produção e a elaboração de relatórios técnicos contará com a elaboração de planilhas individualizadas.Assim, todos os dados coletados serão processados em computadores portáteis a campo e discutidos com os produtores.
A vinculação dos estudantes se dará por meio de inclusão na equipe do projeto, orientados por professores de diferentes áreas do conhecimento. Ao coordenador da proposta cabe também a orientação quanto a organização para a prática profissional associativa e cooperativa.Com a elaboração dos planos de trabalho, a organização das demandas, elaboração das planilhas e confecção dos relatórios para cada propriedade. De forma transversal os estudantes serão incentivados a reflexão e prática de todas as áreas que se relacionam a aquacultura, da formalização das propriedades a comercialização da produção.
O vínculo com o ensino se relaciona a prática profissional nos sistemas de produção, a possibilidade de creditação curricular e a inclusão da participação como “Formação em Extensão”. Os dados gerados, os resultados obtidos e os problemas darão subsídios para a realização de pesquisas e publicações científicas, técnicos e na forma de divulgação científica.
As atividades serão viabilizadas por meio de parcerias, recursos próprios e arrecadação com a prestação de serviço. Sem perder de vista o compromisso social.
 
Indicadores de avaliação:
A ação de extensão terá seus resultados técnico-produtivos avaliados pela público atendido. Para tanto serão elaborados formulários on-line para o monitoramento das atividades desenvolvidas. Com questões objetivas relativas a satisfação. Também serão realizadas reuniões entre a equipe e os proprietários ou comunidades.
Os estudantes vinculados farão a avaliação da proposta pela perspectiva dos resultados alcançados e da organização da equipe.
Academicamente a proposta será avaliada pela sua creditação curricular, inserção como formação em extensão e número de estudantes vinculados.
Os resultados produtivos serão mensurados a partir dos ganhos de produtividade dos sistemas, numero de atendimentos, mudanças ou preservação da qualidade da água. Quanto ao impacto profissional será avaliada a empregabilidade dos estudantes.
Todo processo de avaliação será desenvolvidoem processo dialógico e construtivo em que estes aspectos serão discutidos criticamente.
 
 
Estudantes membros da equipe
 
Plano de atividades:
Importante salientar que não haverá nenhum processo de hierarquização envolvendo a equipe do projeto. Os estudantes serão tratados de maneira horizontal, independente do curso ou período, respeitando-se habilitações profissionais. O número de estudantes na equipe se dará em função do número de professores orientadores e de sistemas de produção atendidos.
Porém, caberá a bolsista a organizar as demandas de trabalho e as visitas as propriedades. Apresentar as propostas para discussão. Elaborar sugestões e confeccionar relatórios técnicos e apresentá-los aos produtores.
Aos estudantes vinculados como voluntários caberá a reflexão sobre as situações encontradas e a formulação de possíveis sugestões. Sempre que necessário os professores encaminharão materiais complementares, fortalecendo habilidades profissionais requeridas nas áreas de atuação do projeto.
Os estudantes participarão da definição da gestão dos recursos do projeto. Na perspectiva da gerência e tomada de decisão em formatos de atuação conjunta de profissionais para trabalhos de ATER.
O contato com o público externo dialógico e participativo, com o diagnóstico de problemas e discussão junto as comunidades atendidas, proposta de soluções dentro da realidade de cada sistema de produção.Preocupação com aspectos produtivos sem que despreze aspectos sociais e ambientais. Com vivencia do empreendedorismo vinculado a prática da Extensão Universitária.
 
Plano de acompanhamento e avaliação:
Os estudantes serão orientados por todos os professores do projeto. A orientação englobará a atenção quanto aos aspectos técnico dos sistemas de produção. Porém, também envolverá as questões humanas relativas a prática de ATER, baseadas em princípios de sociologia rural, antropologia cultural, comunicação e pedagogia.
Deste modo, questões como postura profissional, atenção a prática horizontalizada quanto ao contato com a comunidade externa serão parte do processo de orientação. Que envolverá também aspectos humanísticos, com vistas à formação integral dos estudantes.
Estes serão avaliados segundo o relacionamento com a equipe da EV-UFMG e a comunidade externa. Também ao cumprimento das ações propostas.
 
 
Informações específicas
 
Articulado com política pública: Sim
 
Vínculo com Ensino: Sim
 
Vínculo com Pesquisa: Sim
 
 
Informações adicionais
 
Informações adicionais:
A aquicultura é uma inovação quanto a produção de alimentos. Mais restrito ainda são os que contam com equipamentos para mensuração dos parâmetros de qualidade de água e para o manejo dos animais.
A compra dos computadores se justifica pela necessidade de análise de dados e produção de relatórios a campo, além da elaboração de proposta de sistemas de produção. A impressora para produção dos relatórios e projetos. O termômetro a laser para mensuração da temperatura da água na superfície e em profundidades. A Garrafa de Van Dorn, o peagâmetro e o oxímetro para mensuração do pH e Oxigenação da água em diferentes profundidades para verificação do impacto ambiental da produção. Coletes salva vidas são fundamentais para a garantia de segurança dos integrantes do projeto. A balança para mesurar o crescimento dos animais e a grade classificadora para o manejo de separação e uniformização de lotes. O Microscópio tem por finalidade a avaliação da condição sanitária dos animais a campo.
 
 




 

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