A região norte de Minas Gerais, com clima semiárido, apresenta condições edafoclimáticas adversas à produção vegetal e animal que aliadas ao reduzido recurso para investimento na produção agropecuária, resulta em um cenário desafiador aos pequenos proprietários rurais. Alternativas para a produção sustentável nas propriedades rurais são necessárias, como os Sistemas Agroflorestais (SAF’s), os quais geram inúmeros benefícios ambientais, sociais e econômicos. Dentre as modalidades de SAF’s estão os quintais agroflorestais (QAF’S), localizados nas proximidades das residências e caracterizados pela associação de plantas medicinais, frutíferas, alimentares, de ciclo curto ou perene, incluindo diferentes espécies de árvores (Coelho, 2012). Os benefícios gerados pelos QAF’s relatados pelos proprietários das comunidades atendidas compreendem de forma geral a maior diversificação alimentar, a contribuição para a manutenção da umidade e conservação do solo, beleza paisagística e a sensação de amenização da temperatura. Este Projeto começou com a comunidade rural do Assentamento Darcy Ribeiro, município de Capitão Enéas, que a princípio apresentaram a necessidade de potencializar a produção para segurança alimentar e geração de renda. No ano de 2016, deu-se início à expansão da área de atuação, com o atendimento da comunidade Alegre, em Grão Mogol–MG, por meio da parceria com a Empresa Norflor. Em 2019, por intermédio da Secretaria do Meio Ambiente, município de Montes Claros, foram realizadas ações junto à Comunidade Rural de Mucambinho. A comunidade de Alegre manifestou interesse na continuidade do enriquecimento dos quintais e também na implantação de outros modelos de sistemas agroflorestais, como o cultivo de eucalipto em consórcio com espécies agrícolas.
Vale ressaltar que neste ano de 2024 foi aprovado recurso financeiro para o Programa FLORESTAS por meio do “EDITAL INTEGRADO PROEX N.º 05/2024”-Apoio às atividades de extensão para a realização de produtos e aquisição de materiais. Este recurso está direcionado para a instalação da unidade de produção de mudas utilizando-se tubetes (recipientes reutilizáveis) no setor do Viveiro Florestal da UFMG. Instalação de grande importância para as ações do Programa Florestas relacionadas à propagação de espécies florestais, como este projeto. O público terá oportunidade de conhecer uma unidade demonstrativa de sistema de produção de mudas florestais em grande escala. Além disso, a unidade conta com sistema de reaproveitamento da água da irrigação e da precipitação. Desta forma, as atividades da coordenação do referido programa e deste projeto, neste primeiro semestre, ficaram concentradas na finalização de orçamentos e nas solicitações dos materiais para a FUNDEP. As ações de extensão junto às comunidades rurais estão programadas para reiniciarem neste mês de agosto.
Atualmente contamos com uma bolsista PBEXT – Ação Afirmativa e mais três voluntários. A renovação da bolsa é imprescindível para a continuidade das atividades.
Objetivo geral:
O objetivo geral é desenvolver a troca dos saberes entre o conhecimento acadêmico e o conhecimento popular, valorizando a cultura local para a expansão de sistemas agroflorestais.
Objetivos específicos:
Objetivos
Desenvolver trabalho de Educação Ambiental
Fazer estudo etnobotânico para a identificação das espécies de potencial produtivo já presentes na área
Diálogo com os assentados para planejar as espécies que serão implantadas;
Capacitar os agricultores para implantação e manejo dos sistemas agroflorestais.
Proporcionar uma extensão diferenciada onde ocorra troca de conhecimento, valorizando o conhecimento popular e levando a tecnologia acadêmica ao campo.
Incentivo e treinamento para atividade extrativista de forma sustentada.
Treinamentos iniciais para coleta, beneficiamento e armazenamento de sementes florestais.
Treinamentos iniciais para produção de mudas de espécies florestais.
Metodologia:
No projeto será adotada a concepção de pesquisa–ação(THIOLLENT,1997,TRIPP,2005,FRANCO,2005), utilizando metodologias de diagnóstico e planejamento participativas (PETERSEN,1996;GEILFUS,1997;PEREIRA et AL.,2003), como ferramenta básica para a valorização e construção dos conhecimentos. Serão realizadas visitas na comunidade, oficinas e intercâmbios baseada na valorização do conhecimento popular dos camponeses envolvidos no projeto. As ações serão desenvolvidas seguindo três eixos: Sistematização, Experimentação e Irradiação.
Metodologia e atividades desenvolvidas
1.Diagnóstico de cada propriedade (identificar potencialidades)
2.Questionário participativo para identificação da modalidade de sistema agroflorestal viável
3.Elaboração de croqui dos quintais com identificação das espécies pelos proprietários.
4. Questionário para identificação do interesse de cada proprietário e planejamento das atividades de implantação ou enriquecimento dos quintais agroflorestais.
5. Oficinas para treinamento em produção de sementes e mudas de espécies florestais; produção de mudas de espécies frutíferas por meio da propagação vegetativa.
6. Oficinas para prática da poda
7. Oficinas sobre preservação de matas ciliares
8.Oficinas sobre educação ambiental ( de acordo com a demanda )
Indicadores de avaliação:
O desempenho do projeto será avaliado periodicamente por meio de questionários aplicados aos agricultores, aos parceiros e aos bolsistas na sua realização.
Estudantes membros da equipe
Plano de atividades:
Os alunos bolsistas e não bolsistas da equipe terão oportunidade de aplicar os conhecimentos teóricos obtidos no decorrer das disciplinas Sistemas Agroflorestais, Sementes e Viveiros Florestais e Tecnologia de Sementes Florestais. Os alunos bolsistas ficarão responsáveis pelo planejamento juntamente com o coordenador para a realização das atividades. Todos os membros da equipe participarão da execução das atividades do projeto, como: visitas aos agricultores e aplicação de questionários para obtenção de dados para diagnóstico participativo; visitas para identificação das espécies arbóreas, organização e participação nas oficinas.
Plano de acompanhamento e avaliação:
O acompanhamento será por meio de reuniões mensais para a orientação e discussão de ações necessárias à execução de cada atividade. As discussões serão fundamentadas em conhecimentos teóricos e na realidade da comunidade envolvida. Os alunos deverão redigir relatórios mensais incluindo carga horária dedicada e lista de atividades realizadas. A orientação será realizada em todas as etapas do projeto possibilitando mudanças quando necessário.
Processo de avaliação:
Os bolsistas serão avaliados periodicamente por meio de relatórios mensais das atividades de forma a verificar a execução das mesmmas dentro do cronograma pré-estabelecido.
A avaliação abordará também a capacidade de criatividades, organização de desenvolvimento das atividades; capacidade de trabalhar em grupo e de transmissão do conhecimento.
Informações específicas
Articulado com política pública:
Não
Vínculo com Ensino:
Não
Vínculo com Pesquisa:
Sim
Informações adicionais
Informações adicionais:
Premiações do Projeto:
DESTAQUE DE EXTENSÃO no XXII Encontro de Extensão / Semana do Conhecimento UFMG, 2019.
MENÇÃO HONROSA no XVI Encontro de Extensão/Semana do Conhecimento UFMG, 2013.
Vale ressaltar que neste ano de 2024 foi aprovado recurso financeiro para o Programa FLORESTAS por meio do “EDITAL INTEGRADO PROEX N.º 05/2024”-Apoio às atividades de extensão para a realização de produtos e aquisição de materiais. Este recurso está direcionado para a instalação da unidade de produção de mudas utilizando-se tubetes (recipientes reutilizáveis) no setor do Viveiro Florestal da UFMG. Instalação de grande importância para as ações do Programa Florestas relacionadas à propagação de espécies florestais, como este projeto. As atividades da coordenação do referido programa e deste projeto ficaram concentradas na finalização de orçamentos e solicitações dos materiais As ações junto às comunidades rurais estão programadas para reiniciarem neste mês de agosto.
