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Programa - 500050 - Observatorio da Juventude da UFMG

Descrição
 
Introdução e justificativa:
O Programa Observatório da Juventude (OJ), iniciado em 2003, situa-se no contexto das políticas de ações afirmativas da UFMG, apresentando uma proposta de extensão articulada com ações de pesquisa e ensino em torno da temática educação, cultura e juventudes. Para o desenvolvimento das ações de extensão partimos da concepção de que a construção de uma sociedade democrática não pode desconsiderar os desafios e dilemas vividos pelos diferentes sujeitos sociais nos seus ciclos da vida. Os indicadores sociais e os dados estatísticos relacionados à realidade da juventude brasileira, revelam não só uma imensa diversidade presente na condição juvenil como também o processo de desigualdade que incide sobre os/as jovens de acordo com sua origem social, gênero, raça/etnia, sexualidade e território. Muito se avançou, mas os/as jovens ainda enfrentam uma série de problemas e limites para viabilizar a sua participação na sociedade e conquistar seus direitos. É esse o contexto no qual OJ vem buscando desenvolver suas ações. Assim, ao longo de mais de 20 anos de atuação, o programa tem se consolidado como uma referência no desenvolvimento de ações e na produção de conhecimentos relacionados às juventudes (integrando três grandes redes de pesquisadores RedeJuve, RedeJuvem - ambas com Universidades de todas as regiões do Brasil - e Rede de Pesquisadores/as Latinos/as (6 países) sempre em interlocução com a comunidade externa. Mais que dar a voz aos/as aos sujeitos temos buscado desenvolver ações que escutem essas diferentes vozes, numa troca contínua de saberes a fim de desenvolver efetivamente a interação dialógica.
O OJ tem participado ativamente no estímulo e nas articulações em torno das políticas públicas de juventudes, além de ter feito parte de instâncias como o Conselho Nacional de Juventude e ter contribuído para a fundação do Fórum das Juventudes da Grande BH a partir o qual nossa equipe mantém uma estreita articulação com os coletivos juvenis e movimentos sociais que congregam jovens das periferias da RMBH. Ademais o OJ participa também da Rede Juventude UFMG, desde a sua criação. Podemos dividir as ações desenvolvidas pelo OJ em três eixos: Ações coletivas e políticas públicas (buscam garantir um espaço de interlocução da sociedade civil com o poder público em torno das políticas públicas de juventude, além de estimular a organização autônoma dos jovens); Formação de educadores/as (ações formativas, envolvendo educadores/as, tais como professores/as da Educação Básica de escolas públicas e em espaços não formais) e Formação de jovens (ações formativas com os jovens, tais como formação de lideranças juvenis). Por último, acreditamos que o nosso papel, enquanto Universidade pública, possui um caráter de produção e troca de conhecimentos. Tais dimensões, sistematizadas e articuladas às ações de pesquisa, podem contribuir para subsidiar os educadores e os coletivos e movimentos juvenis na sua luta pelos direitos da juventude. Desta forma, consideramos que as ações têm um impacto de transformação social significativo, repercutindo: 1)na ampliação dos conhecimentos sobre as juventudes; 2)ampliação dos espaços/tempos de socialização e sociabilidades dos/as jovens; 3)no estímulo aos jovens a participarem na resolução de seus problemas e fortalecendo iniciativas de criação de redes; 4)no desenvolvimento de metodologias de trabalho com jovens em diálogo com educadores/as da Educação Básica; 5)na articulação em torno das políticas públicas de juventude; 6)na formação humana dos sujeitos participantes e dos/as estudantes universitários/as com impacto nas suas formações e 7)na construção de pesquisas com foco questões emergentes do contexto social devido ao diálogo constante com o público interlocutor das ações (ação-reflexão-ação). De 2025 a 2030, o OJ manterá as ações já existentes, mas ampliará sua atuação com duas novas ações (Projeto sobre acesso ao Ensino Superior e Curso sobre Juventudes), ampliando a relação com a Educação Básica.
 
Objetivo geral:
Realizar ações extensionistas, estudos e análises sobre a condição juvenil para conhecer, compreender e contribuir, através das mais diversas ações voltadas tanto para jovens quanto para educadores/as, na transformação da realidade dos/as jovens na Região Metropolitana de Belo Horizonte bem como no interior de Minas Gerais.
 
Objetivos específicos:
  Objetivos
Promover a sinergia de pesquisadores, educadores e gestores públicos em torno da questão da juventude, estimulando o desenvolvimento de políticas públicas e de programas orientados para esse segmento;
Realizar formações com/para jovens imersos em contextos de trabalho, cumprimento de medidas socioeducativas, acolhimento institucional, escolas, Universidades, projetos sociais, movimentos juvenis e outros;
Fomentar o diálogo entre alunos, professores e estudiosos da juventude, bem como ampliar a produção do conhecimento sobre jovens e a relação com o ensino médio;
Promover formações com educadores de espaços escolares e não escolares, possibilitando-lhes um maior conhecimento sobre a realidade juvenil e a construção de metodologias de trabalho adequadas a essa fase da vida;
Estimular e acompanhar as ações do Fórum das Juventudes da grande BH;
Realizar pesquisas e oferecer suporte a debates ligados à juventude, subsidiando assim pesquisadores e profissionais envolvidos nessa temática;
Metodologia:
No OJ, a extensão universitária é intrínseca às ações de pesquisa e ensino, possibilitando a indissociabilidade entre extensão, pesquisa e ensino. As ações de extensão constituem-se em espaços de comunicação, de diálogo horizontal entre estudantes, docentes, pesquisadores, comunidade e demais atores envolvidos em processos educativos escolares e não escolares. Buscamos construir espaços de fala e construção de conhecimentos plurais e interdisciplinares a partir da participação de sujeitos de diferentes áreas do conhecimento, bem como de diferentes espaços e trajetórias profissionais. Em sua estrutura organizativa, o OJ atua em permanente diálogo e parcerias com os movimentos sociais, escolas, grupos de pesquisa da UFMG e de outras Universidades (nacional e internacional) e com as instâncias governamentais e não governamentais. Ao articular ensino e extensão, o Programa fundamenta-se na concepção de uma formação humana integral, entendida como uma formação que considera a totalidade do ser humano, tendo a Educação Popular (Freire) como base política/teórico/metodológica. Com base nesses pressupostos, cada projeto desenvolve propostas metodológicas que considerem as especificidades dos grupos com os quais atuam. Na formação de docentes e educadores sociais, a perspectiva da desnaturalização do olhar sobre os sujeitos jovens é contemplada na metodologia: Ver, Ouvir, Registrar e Agir. Na formação de jovens, a dialogicidade na relação pedagógica e a alteridade são os princípios metodológicos considerados centrais em qualquer ação a ser desenvolvida com as juventudes, Tais princípios consolidam o que temos intitulado de "Pedagogia das juventudes". O Fórum das Juventudes é um espaço de potencial interlocução com a comunidade, catalisador das demandas e das pautas políticas, acadêmicas e sociais colocadas pela juventude, seja no interior das escolas, como no interior dos movimentos sociais. No que tange às atividades formativas de ensino, os/as estudantes bolsistas e não bolsistas de graduação e pós-graduação são instados a participar das ofertas de disciplinas optativas e eletivas, grupos de estudos, seminários de pesquisa, atividades em parceria com a comunidade, dentre outras. Assim, apostamos que os/as estudantes de graduação se veem confrontados em seu processo formativo, como profissional e cidadão. Ao estabelecer relações efetivas e afetivas com os diversos atores sociais, o/a estudante enxerga a si mesmo/a e aos/as outros/as, como sujeitos de direitos. Nesse viés, encontra-se a pesquisa. O conhecimento que se produz é resultante da participação dos diferentes atores sociais com os quais estabelecemos parcerias no campo da formação inicial, continuada, da ação e articulação política. Emerge também do reconhecimento e na sistematização dos saberes construídos na atuação dos coletivos e movimentos sociais.
 
Indicadores de avaliação:
A avaliação acontecerá de modo processual. Ou seja, se pautará na ação-reflexão-ação. A partir de reuniões envolvendo os diferentes sujeitos das ações (incluindo o público), poderemos refletir sobre as atividades desenvolvidas, avaliar as experiências de acordo com os objetivos propostos, analisar o impacto junto ao público alvo, identificar as repercussões das ações na formação acadêmica dos discentes. Para tanto, utilizaremos diferentes instrumentos de avaliação: observação, reflexões coletivas, a elaboração do portfólio, rodas de conversa, questionário e a autoavaliação. A avaliação terá como foco as diretrizes da extensão, especialmente a Interação Dialógica, Impacto e Transformação Social na avaliação com público. Utilizaremos também indicadores para avaliar as ações, quais sejam: número de participantes, instituições participantes, materiais produzidos, produções acadêmicas, política pública fomentada e documento de luta de luta construídos (nota, orientações, carta aberta).

 
 
Estudantes membros da equipe
 
Plano de atividades:
O plano de atividades é construído em conjunto com o/a estudante tendo como base os objetivos da ação. A construção coletiva permite ao estudante um entendimento maior da ação e das suas atribuições, articulando-as as suas competências e também desejos. Além disso, o estudante é também desafiado a construir novas possibilidades de atuação que dialoguem com seu curso de origem e formação acadêmica. Dividimos as atividades em gerais (voltadas para todos os bolsistas das diferentes ações que são vinculadas ao OJ) e específicas (com foco nas demandas de cada ação).

Gerais: Realizar leituras sobre extensão universitária e conhecer a extensão na UFMG (históricos, SIEX); participar das reuniões quinzenais de orientação, dos grupos de estudos voltados para a formação da equipe, dos seminários de pesquisa que abrange discussões sobre pesquisas desenvolvidas por integrantes do programa; participar de disciplinas e/ou ações de ensino, realizadas pelos docentes do programa e de eventos internos e externos em que o programa esteja vinculado.

Específicas: Ler e discutir o projeto que está vinculado; participar da construção dos planejamentos das atividades de formação; produzir em parceria com a equipe materiais educativos; Atuar como fomentador da participação dos jovens; participar das avaliações e decisões coletivas da ação; contribuir para a redação de relatórios; participar como proponente em eventos acadêmicos eventos com interface entre o ensino, a pesquisa e a extensão.
 
Plano de acompanhamento e avaliação:
As avaliações serão periódicas, e não somente ao final da ação, rompendo com a ideia pontual cartesiana de pensar a avaliação. Serão realizados momentos de avaliação mais sistemática, quando então serão balizados o conjunto das reflexões realizadas nos diferentes projetos. Na participação dos encontros mensais, seminários de pesquisa e grupos de estudo, bem como no interior de cada projeto, os/as bolsistas são acompanhados/as sistematicamente por seus/suas professores/as orientadores/as. Eles/as serão incentivados/as a construir um diário de bordo sobre suas trajetórias na ação.


Processo de avaliação:
A avaliação com os/as estudantes de graduação terá como foco a diretriz “Impacto na Formação do/a Estudante”. Buscando compreender as potencialidades e limites da participação na ação, bem como o cumprimento do plano de atividades. Ademais buscaremos avaliar a relação entre o programa e as ações vinculadas a partir do olhar dos/as estudantes e a repercussão da atuação na formação humana dos/as estudantes. Faremos avaliação bimestral com a equipe de estudantes. Serão observados os indicadores de avaliação: empenho, assiduidade, pontualidade, capacidade de iniciativa, responsabilidade, autonomia, participação nas atividades, integração com o público-alvo /interlocutor e com a equipe e participação eventos.
 
 
Informações específicas
 
Articulado com política pública: Sim
 
Vínculo com Ensino: Sim
 
Vínculo com Pesquisa: Sim
 
 
Informações adicionais
 
Informações adicionais:
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