A esgrima é um esporte de oposição e sem contato físico, praticado por homens e mulheres e presente em todos os Jogos Olímpicos da Era Moderna, desde 1896. É, também, uma atividade muito mencionada pela indústria cultural, principalmente na literatura, no cinema e no teatro. Apesar de ser uma modalidade de combate, é sobretudo um esporte cortês e seguro. O esgrimista soma pontos ao atingir o adversário com a ponta da arma (nas modalidades de espada e florete) ou com qualquer parte da lâmina (na modalidade de sabre), mas em nenhum momento busca provocar qualquer tipo de ferimento. As armas não possuem ponta perfurante nem corte real, e o uniforme protetor garante a segurança dos atletas. Além disso, as regras penalizam ações que ponham em risco os esgrimistas e garantem a conduta esportiva e cavalheiresca.
A esgrima dispõe de um circuito de provas nacionais organizadas pela Confederação Brasileira de Esgrima e internacionais organizadas pela Federação Internacional de Esgrima. Tradicionalmente, os países de maior expressão são os europeus, sobretudo França, Itália, Rússia, Alemanha e Hungria. Mais recentemente, o esporte atingiu um bom nível de desenvolvimento em vários países de outros continentes, como Cuba, China, Coreia do Sul e Estados Unidos. A esgrima brasileira vem despontando no cenário mundial com resultados cada vez mais expressivos.
A modalidade é praticada em Belo Horizonte desde pelo menos os anos 1940, contando com atividades ininterruptas desde 1985. No estado, é organizada pela Federação Mineira de Esgrima. A UFMG já contou com atividades de esgrima no curso de graduação em Educação Física, nos anos 1970, e no Centro de Extensão da EEFFTO, de 1997 a 2005, período em que ocorreram também atividades na Faculdade de Medicina.
Com a evolução dos métodos de treinamento e preparação física, a esgrima moderna se converteu em um esporte vigoroso e de alta performance atlética. Contudo, características igualmente importantes para um esgrimista são a rapidez de reação, a precisão de movimentos, a coordenação motora, o raciocínio estratégico, a concentração e o domínio de si mesmo. É no desenvolvimento dessas qualidades e da disciplina para alcançá-las que reside a grande contribuição da esgrima para o ser humano.
Objetivo geral:
A partir da oferta de cursos de iniciação e aperfeiçoamento, pretende-se contribuir para a difusão da esgrima em Minas Gerais e para a formação de recursos humanos para atuarem profissionalmente nessa modalidade. Busca-se, ainda, oferecer subsídios para a promoção de atividades científicas, para o desenvolvimento de ações interdisciplinares em diversas áreas do conhecimento e para o estudo da esgrima não apenas como modalidade esportiva, mas como um produto cultural humano.
Objetivos específicos:
Objetivos
Reintroduzir o curso de iniciação e aperfeiçoamento em esgrima na UFMG, aberto para toda a comunidade (interna e externa à Universidade), trabalhando os fundamentos básicos do esporte.
Ofertar palestras, workshops e vivências de esgrima para estudantes e profissionais em Belo Horizonte e, eventualmente, no interior de Minas Gerais, visando a difusão da modalidade e a formação de recursos humanos para atuarem profissionalmente na esgrima.
Promover, por meio de ações específicas, a prática da esgrima para determinadas faixas etárias (infantil, juvenil, terceira idade), para pessoas com deficiência (paraesgrima, esgrima para cegos), para profissionais e estudantes de teatro (esgrima coreográfica), entre outras.
Promover estudos e pesquisas de caráter acadêmico-científico sobre aspectos esportivos, culturais, artísticos, literários, históricos e sociais da esgrima.
Colaborar para a inclusão de tópicos referentes à esgrima em disciplinas de graduação e pós-graduação da UFMG, em áreas como Educação Física, Letras, Artes Visuais, História, Psicologia, Antropologia e Ciências Sociais, entre outras.
Metodologia:
O projeto é composto por diversas ações, que podem ser realizadas presencialmente, virtualmente ou de forma híbrida. Nos cursos semestrais de iniciação e aperfeiçoamento em esgrima, que atendem às comunidades interna e externa à UFMG, os tópicos são variados e dependem da experiência prévia e da progressão dos grupos ao longo dos semestres. De maneira geral, são trabalhados nesses cursos: fundamentos teóricos da esgrima; regulamento e equipamento; conduta de segurança; deslocamento; a fundo; flecha; ações ofensivas, defensivas e contra-ofensivas. É dada prioridade à modalidade da espada, por se tratar da modalidade de esgrima mais praticada em Minas Gerais, possuindo o menor custo de equipamento e regulamento mais simples -- mas, havendo demanda, podem ser trabalhadas também as modalidades do florete e do sabre. Os cursos de iniciação e aperfeiçoamento contam com aulas coletivas, atividades em duplas, lições individuais e combates livres e temáticos.
Os workshops, vivências e palestras ofertados têm duração e temática variadas e podem ser realizados em outras instituições ou espaços, a fim de se difundir a esgrima a um número maior de pessoas.
Do ponto de vista de integração com a pesquisa, é fomentada a realização de estudos sobre aspectos esportivos, culturais, artísticos, literários, históricos e sociais da esgrima. Os alunos de graduação e pós-graduação vinculados ao projeto são estimulados a desenvolverem seus trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses no âmbito do próprio projeto, realizando pesquisas orientadas pelos professores e coordenadores em áreas como Educação Física, Letras, Artes Visuais, História, Psicologia, Antropologia e Ciências Sociais, entre outras.
No que tange à articulação com o ensino, são estimuladas atividades conjuntas com disciplinas ofertadas nas diversas áreas para a apresentação e o estudo de elementos ligados à esgrima sob diferentes perspectivas. Dessa forma, o projeto atende ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
A depender da ação de extensão realizada, as atividades podem ocorrer: nas dependências físicas da EEFFTO, da FALE ou de outras unidades/espaços da UFMG; em outras instituições de ensino superior, instituições de ensino básico e outros ambientes localizados em Belo Horizonte e em outras cidades de Minas Gerais; virtualmente.
Indicadores de avaliação:
A avaliação do projeto é realizada por meio de reuniões nas quais são promovidas reflexões sobre sua organização e são avaliadas a programação e a preparação das aulas e atividades. Além disso, ao final de cada ação de extensão, o público participante pode responder a questionários de avaliação, contribuindo para a melhoria dos serviços prestados.
Estudantes membros da equipe
Plano de atividades:
O plano de atividades e a programação são definidos especificamente para cada ação de extensão. De maneira geral, os estagiários, sejam bolsistas ou voluntários, devem:
- elaborar o planejamento semestral de atividades;
- realizar os procedimentos necessários para o funcionamento geral do projeto;
- participar das reuniões que se fizerem necessárias, a critério dos coordenadores;
- participar dos encontros de formação oferecidos;
- selecionar o material a ser utilizado nas atividades;
- realizar manutenção preventiva e reparos no material a ser utilizado nas atividades;
- ministrar aulas, com acompanhamento da coordenação específica;
- estudar textos correspondentes aos temas a serem abordados;
- atuar nos eventos organizados pelo projeto;
- participar de ações de divulgação da produção acadêmica, como a Semana do Conhecimento da UFMG e outros eventos internos e externos à UFMG;
- preencher os documentos comprobatórios de participação no projeto a fim de permitir a integralização de créditos curriculares, quando necessário;
- atualizar o Currículo Lattes com as experiências adquiridas no projeto;
- avaliar semestralmente o andamento do projeto e o seu próprio rendimento por meio de relatórios de atividades.
Plano de acompanhamento e avaliação:
O acompanhamento dos estagiários, sejam bolsistas ou voluntários, é realizado pelos coordenadores do projeto por meio da observação das atividades e da participação nas reuniões, nas quais é possível discutir e acompanhar o andamento e o planejamento das ações. Além disso, ações de capacitação trazem suporte teórico e prático aos estagiários participantes do projeto.
Durante as reuniões de projeto, é verificado se o plano de atividades tem sido cumprido pelos estagiários. Além disso, os relatórios individuais elaborados pelos estudantes são avaliados pelos coordenadores, que também avaliam, por observação direta e por meio do feedback do público participante, a execução das ações desenvolvidas.