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Projeto - 404814 - Manutenção e controle em Implantodontia

Descrição
 
Introdução e justificativa:
A manutenção das próteses implantossuportadas é um fator chave para o sucesso e longevidade do tratamento, sendo necessário ao clínico identificar todos os fatores de risco deste paciente e apresentar um controle regular por parte de ambos. As visitas de manutenção em Implantodontia incluem avaliações da prótese, radiografias, remoção de placa dentária e os fatores responsáveis pelo seu acúmulo, e instruções de higiene oral. É um momento indispensável, pois algumas complicações biomecânicas e relativas à saúde oral podem ser observadas, como presença de placa e cálculo, fratura do parafuso ou pilar, hiperplasias, perda de contatos oclusais, presença de fístulas e exposição de roscas (Junior et al., 2013).
A manutenção e controle dessas reabilitações é um procedimento muitas vezes negligenciado por parte dos profissionais, acostumados com a visão tecnicista específica das especialidades e da atenção secundária. Implantes e reabilitações realizadas em cursos e projetos de extensão também precisam de um plano adequado de manutenção e controle, a fim de garantir a longevidade e sucessos dos tratamentos realizados, pois os alunos que procuram essas capacitações buscam adquirir competências e habilidades nas técnicas específicas da Implantodontia, levando com que o enfoque seja na realização do procedimento. Dessa forma, os pacientes acabam ficando sem um acompanhamento longitudinal adequado e sem a assistência regular de manutenção e controle.
O acompanhamento dos pacientes reabilitados com implantes requer uma atenção especializada, pois a higienização caseira das próteses sobre implantes pode requerer diferentes dispositivos, o que torna fundamental o conhecimento do clínico para instrução e motivação desse paciente. Além disso, para as consultas odontológicas é necessário que o dentista possua curetas e pontas de ultrassom de plástico, assim como faça utilização de pó de glicina, e não de bicarbonato, a fim de evitar danos aos implantes e componentes (Soares et al., 2022).
Propondo-se um projeto de extensão da área da saúde, e tendo em vista o papel fundamental da Universidade na dialógica com a sociedade, deve se observar os princípios à atenção básica à saúde: Universalidade, Equidade e Integralidade. Ao oferecer a manutenção e controle dos pacientes o presente projeto contempla os três itens, pois possibilita o acesso universal, contínuo e sem diferenciação a um perfil de paciente que, em diversos momentos, encontra-se sem uma referência. Adicionalmente, pretende-se atender as necessidades dessa população nos campos do cuidado, da promoção e manutenção da saúde, da prevenção de doenças e agravos, da cura, da reabilitação, redução de danos e dos cuidados paliativos. Ao se observar as diretrizes da atenção básica à saúde, também se destacam a cobertura da população adscrita, o cuidado centrado na pessoa, resolutividade, coordenação do cuidado, longitudinalidade do cuidado e participação da comunidade, como itens fundamentais a serem contemplados à população reabilitada com implantes através de um projeto de manutenção e controle.
Dessa forma, justifica-se um projeto de extensão voltado à manutenção e controle em Implantodontia na FAOUFMG, tendo em vista a grande demanda de pacientes que apresentam esse tipo de reabilitação e não recebem suporte adequado, especialmente oriundos da Faculdade de Odontologia da UFMG e cursos referências de Belo Horizonte. Além disso, torna-se fundamental a capacitação de docentes, discentes de graduação e pós-graduação em um tema que requer conhecimentos, competências e habilidades específicas, mas que se apresenta cada dia mais corriqueiro nos consultórios odontológicos, em virtude da popularização e do acesso cada vez maior à Implantodontia.
 
Objetivo geral:
Oferecer atendimento odontológico de manutenção e controle para pacientes com reabilitações implantossuportadas, garantindo a longitudinalidade do cuidado, além de capacitar professores, estudantes de graduação e pós-graduação nesses procedimentos.
 
Objetivos específicos:
  Objetivos
- Realizar controle de biofilme, raspagens e remoção de cálculos dos pacientes com reabilitações unitárias ou múltiplas sobre implantes;
- Realizar reapertos de próteses sobre implantes em casos de afrouxamento de parafusos;
- Restaurar orifícios de aparafusamento das próteses sobre implantes;
- Minimizar a ocorrência e a progressão das doenças peri-implantares;
- Promover ações coletivas educativas com público-alvo e com seus familiares, buscando, a partir do seu conhecimento prévio, a modificação de hábitos nocivos à saúde para hábitos saudáveis de nutrição e higiene;
- Proporcionar aos alunos conhecimento em relação à Implantodontia e troca de experiências graduação e pós-graduação;
- Proporcionar aos alunos a oportunidade de realizar estudos científicos e publicá-los em periódicos destacados;
- Desenvolvimento de banco de dados para gestão e avaliação;
- Inserir os discentes em uma prática com filosofia preventiva;
- Promover a integralização curricular.
- Divulgação e popularização da ciência
Metodologia:
O projeto funciona uma vez por semana, às sextas-feiras à tarde, na FAO-UFMG. São selecionados para participar 12 discentes voluntários de graduação, do 6º ao 10º períodos, e discentes de pós-graduação, que ficam sob a supervisão dos professores em atividades teóricas e práticas (Hands-on e clínicas). A divulgação das ações é feita através do site da FAOUFMG e de outras mídias sociais.
As aulas teóricas são sobre conteúdos inerentes ao desenvolvimento da atividade, introduzindo o aluno na Implantodontia e trazendo conceitos sobre manutenção preventiva e controle desses pacientes, acontecendo em salas de aula, priorizando metodologias ativas e PBL.
Os materiais de consumo utilizados são aqueles já disponíveis e utilizados nas clínicas de atenção primária. Instrumentais específicos para Implantodontia são de responsabilidade do coordenador e disponibilizados para uso dos discentes. As normas de biossegurança e o protocolo de atendimento são os da FAOUFMG.
Os pacientes são encaminhados ao projeto imediatamente após finalizarem o seu tratamento com implantes nos cursos e projetos de extensão (no máximo 1 ano após instalação da prótese). Ao chegarem ao projeto, os pacientes assinam um TCLE e são feitos anamnese e ficha clínica, exames intra e extraorais, radiografias e é calculado o IDRA – Avaliação de risco de doença implantar, para planejar as consultas a fim de minimizá-lo. Dessa forma é possível abordar seletivamente fatores de risco, personalizando o tratamento, planejando o intervalo ideal e melhorando os resultados da terapia com implantes. Os procedimentos a serem realizados serão controle do biofilme, raspagens, reaperto de próteses e restaurações.
Cada caso é discutido e planejado com os alunos, estabelecendo as consultas e fazendo o agendamento subsequente. Os casos de alto risco são agendados para consultas mais frequentes, em relação aos demais. Quando são identificados problemas nas próteses ou implantes, os pacientes são contra referenciados aos cursos ou projetos de origem. Assim, a integralidade do cuidado é observada tanto no atendimento como no sistema de referência e contrarreferência. Cada paciente é registrado na planilha específica, integrando o banco de dados do projeto.
Os alunos deverão participar da jornada de extensão da UFMG e outros eventos científicos. Serão elaborados artigos científicos, além da possibilidade de TCC, Iniciação Científica, dissertações e teses relacionados ao tema. Durante o semestre, são realizadas rodas de conversa entre professores, alunos e pacientes a fim de melhorar a organização e execução das atividades, tanto para o atendimento do público-alvo, quanto à formação discente num nível pessoal e profissional. Estes momentos são oportunidades de aprendizagem e construção na qual, especialmente os alunos, têm a possibilidade de entender que o tratamento de manutenção e controle em Odontologia também se baseia na atenção do cuidado e escuta do indivíduo, além da questão técnica específica.
 
Indicadores de avaliação:
Serão realizadas avaliações semestrais do projeto, de professores e alunos. Os professores avaliarão os alunos em relação à sua pontualidade, interesse, biossegurança, relacionamento pessoal e resolutividade. O aluno avaliará o projeto por meio de questionário, que abordará estrutura e organização, resolutividade, aquisição de competências e habilidades, cumprimento de metas propostas e sobre o impacto na sua formação pessoal e profissional. Os discentes também avaliarão os docentes em relação à didática, disponibilidade e pontualidade. Os professores avaliarão o projeto em relação à sua resolutividade e sobre a sua satisfação como integrante do projeto. O impacto e adesão dos pacientes serão avaliados por indicadores como taxa de comparecimento e melhoras nos índices de placa e periodontais. Ao final do tratamento, os pacientes receberão um questionário de satisfação para avaliar o projeto, o atendimento, destacar pontos positivos, negativos e propor sugestões.
 
 
Estudantes membros da equipe
 
Plano de atividades:
O projeto contará com 12 discentes voluntários de graduação, do 6º ao 10º períodos, e discentes de pós-graduação, que terão a supervisão da equipe de professores nos atendimentos clínicos, além de aulas teóricas e hands-on com conteúdos referentes ao projeto, para desenvolvimento das competências e habilidades necessárias. Para as atividades clínicas, os alunos realizarão: anamnese e inventário de saúde; exames extra e intraorais, incluindo exames radiográficos; raspagem supragengival e subgengival; remoção das próteses fixas para higienização, quando necessário; aperto de parafusos e componentes protéticos; restaurações para fechamento dos orifícios de aparafusamento; orientações e instruções de higiene bucal. Os discentes também deverão desenvolver materiais didático-instrucionais e atividades de pesquisa relacionadas. Os discentes serão estimulados a trabalhar com a popularização da ciência, divulgando o projeto e resultados em sites e redes sociais. O plano de atividades dos bolsistas compreende também a parte gerencial administrativa do projeto, sendo responsável por acolhimento, agendamento e atendimento dos usuários, gestão e preparo dos materiais a serem utilizados, atualização do banco de dados, auxílio no desenvolvimento do News.Paper MEC.IM e apresentação/representação do projeto em congressos e eventos científicos da UFMG e externos. A monitoria voluntária da PG também deve apresenta como atividade, auxiliar e supervisionar alunos de graduação do projeto.
 
Plano de acompanhamento e avaliação:
Os alunos de graduação e pós-graduação serão acompanhados semanalmente pelos docentes do projeto. O planejamento da atividade clínica semanal será discutido previamente com os discentes e a sua execução supervisionada pelos professores. O desenvolvimento das outras atividades como confecção de material didático-instrucional, postagens e pesquisa também será sob supervisão da equipe docente. Na construção do banco de dados os alunos serão instruídos e supervisionados de forma interdisciplinar por um professor do CIC FACE UFMG e um professor da FAO UFMG, ambos da equipe.
Processo de avaliação:
A avaliação será processual e formativa. Na prática clínica, os alunos serão avaliados em relação à pró atividade, pontualidade, conhecimento teórico, biossegurança, relacionamento pessoal e responsabilidade. As outras atividades serão avaliadas por meio de grupo focal, com o envolvimento de docentes e discentes.
Os bolsistas são avaliados semanalmente em relação ao desenvolvimento das atividades propostas no plano, através da conferência do banco de dados, feedback dos pacientes atendidos e da equipe participante. Os monitores voluntários da PG são avaliados pelos docentes integrantes e pelos discentes, a respeito da orientação, cuidados, pontualidade e capacidade técnica.
 
 
Informações específicas
 
Articulado com política pública: Sim
 
Vínculo com Ensino: Sim
 
Vínculo com Pesquisa: Sim
 
 
Informações adicionais
 
Informações adicionais:
O projeto propiciará grande desenvolvimento dos alunos participantes, considerando que no projeto pedagógico atual a experiência dos alunos com a Implantodontia é pequena, e o processo de controle e manutenção de reabilitações sobre implantes deve ser aprendida e realizada pelo clínico-geral, tendo em vista a popularização dos implantes dentários e o alto número de implantes instalados atualmente no Brasil. Ademais, complementará a formação dos pós-graduandos, pois não há área de concentração em Implantodontia na pós-graduação Stricto Sensu da FAO UFMG. Soma-se a isso a participação dos professores em diversos projetos de pesquisa na área, que contribuem para a articulação das vertentes ensino, pesquisa e extensão. Além disso, o projeto será de grande ajuda para o gerenciamento, manutenção e controle dos pacientes que recebem esse tipo de tratamento na FAO UFMG, com o desenvolvimento interdisciplinar do banco de dados do projeto com professor do CIC FACE UFMG.
 
 




 

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