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Projeto - 404324 - Articulação Ensino-Serviço-HC-UFMG-Ebserh para inclusão de alunos com deficiência

Descrição
 
Introdução e justificativa:
A partir de 2018, em decorrência da inclusão da reserva de vagas para pessoas com deficiência (Lei 13.409/16) dentre as modalidades de reserva de vagas no processo de admissão aos cursos da UFMG, houve um aumento no ingresso de estudantes com deficiência. Anteriormente à exigência legal, a UFMG já possuía uma Unidade com a função de atender as demandas dos estudantes com deficiência que ingressavam normalmente nos diversos cursos, provendo um aparato de suporte para viabilizar suas trajetórias acadêmicas. A legislação orientou apenas a expansão da estrutura de sua política de inclusão e acessibilidade. O aumento do número de estudantes com deficiência produziu impactos nos serviços relacionados ao acompanhamento pedagógico; produção de material didático; serviço de interprete de Libras; treinamentos e capacitações, orientação a docentes e colegiados; aquisição de mobiliário, equipamentos e dispositivos de tecnologia assistiva; e agora este processo passa a ser necessário ao se reproduzir em campos de práticas. O acompanhamento desenvolvido pela UFMG visa eliminar ou reduzir barreiras que estejam obstruindo a participação efetiva, em igualdade de condições com os demais acadêmicos, como por exemplo, pedagógicas, de comunicação, de acesso; informação e comunicação; barreiras atitudinais, que envolvem espaços, mobiliários, equipamentos; barreiras relacionadas; inclusão digital e acesso a tecnologias produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços. Este crescimento do acesso e da inclusão de alunos com deficiência precisa ser pensado também nas atividades de prática acadêmica assistencial, em especial dos alunos dos cursos da área da saúde. É preciso atentar que a inclusão destes alunos em campo de pratica pressupõe inclusão social e abertura de espaço para que ações dos mesmos se repliquem no espaço social que estão inseridos. Ainda na formação precisa-se pensar em mercado de trabalho. A Gerência de Ensino e Pesquisa – GEP, através de sua Unidade de Gestão de Graduação, Ensino Técnico e Extensão – UGETE acompanhando este movimento da Universidade e percebendo a demanda de alunos com deficiência que necessitam de ações mais efetivas de inclusão e acessibilidade, entende que temos um momento propício para proposição de um programa que promova a articulação ensino e serviço para inclusão de alunos com deficiência no âmbito do Hospital das Clínicas.
A complexidade de atividades acadêmicas desenvolvidas num Hospital escola é por natureza desafiador. Integrar o usuário, os profissionais dos serviços responsáveis diretamente pela prestação da assistência/cuidado, docentes, acadêmicos é um trabalho cotidiano de atendimento a demandas, cumprimentos de determinações legais, e efetivo atendimento dos objetivos da formação, incluindo o desenvolvimento de competências e habilidades para os aprendentes. Este cenário se torna mais desconhecido e singular quando os acadêmicos de graduação, já possuem comprometimento no âmbito da acessibilidade, quando pessoas com alguma deficiência. Mas em comum com os demais acadêmicos, eles são alunos que precisam para integralizar seu curso, cumprir créditos de atividades práticas, e na sua maioria são desconhecidos da unidade hospitalar que irá recebe-los até o momento de sua matrícula. O crescimento de alunos com deficiência matriculados nos 12 cursos da área da saúde dentro da UFMG, significará a curto, médio e longo prazo, aumento de demanda de acolhimento e integração ensino/serviço no âmbito do Complexo Hospitalar. Este é o propósito deste Projeto que de forma contínua, demandará Planos, Instrumentos de Trabalho, ações individuais e coletivas de implementação de caráter permanente e com monitoramento de suas etapas em especial pelo desconhecimento que temos do público alvo, que a curto e médio prazo se tornará demanda para aprenderem no e com o HC. ) ano de 2022 nos mostrou que não basta estruturar um projeto, mas o essencial é o desafio de implementá-lo
 
Objetivo geral:
Implementar o monitoramento e apoio a alunos com deficiência no HC visando inclusão, acessibilidade, acompanhamento de percurso e desenvolvimento de atividades acadêmicas dentro do complexo hospitalar (hospital escola). Percebe-se que o aluno com deficiência entendeu que uma vez estabelecida uma política de inclusão e acessibilidade o espaço de aprendizado estaria pronto e apto a recebê-lo e para o serviço esta construção é coletiva.
 
Objetivos específicos:
  Objetivos
- Manter estreita relação da UGETE com o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) da UFMG.
- Acolher os alunos com deficiência por demanda espontânea e inseri-los de forma efetiva no complexo hospitalar.
- Criar uma cultura de acessibilidade e inclusão do acadêmico de graduação com deficiência no âmbito do Hospital das Clínicas.
- Estabelecer articulação com as unidades acadêmicas, através dos Colegiados de Cursos e dos Departamentos, que possibilitem o planejamento prévio de inserção de alunos com deficiências nos campos de prática do HC.
- Monitorar os espaços do Complexo Hospitalar aptos/preparados para receber alunos com deficiência.
- Integrar a matrícula do aluno e suas interfaces (mapa de oferta/colegiado/departamento) ao planejamento dos espaços aptos a receber o aluno com deficiência.
- Colaborar para o percurso do aluno dentro da UFMG, no que concerne o desenvolvimento de atividades de estágio e outras práticas pedagógicas em serviço.
- Integrar ações com a Escuta Acadêmica.
- Estreitar as relações com os demais esforços de inclusão e acessibilidade institucional e não institucional: PIPA, PMG-NAI, ONGs, MUDE entre outros.
- Divulgar as ações de inclusão e acessibilidade intra complexo hospitalar das clínicas.
- Estimular a produção de conhecimento no âmbito da inclusão e acessibilidade no campo de atividades práticas de ensino.
- Promover acolhimento presencial para alunos com deficiência que fazem atividades práticas curriculares no âmbito do complexo
Metodologia:
Um Projeto com esta intencionalidade, que oportuna e periodicamente se fortalece com alcance de objetivos e metas, demanda ajustes no percurso. Estabelecemos então as etapas iniciadas em setembro/2021:
ETAPA 1 - Composição de uma EQUIPE de INCLUSÃO (2021/2) - A primeira ação desta Equipe de Inclusão foi discutir e realinhar as propostas do Projeto dentro de uma visão ampliada de inclusão e acessibilidade. O maior desafio desta etapa foi a formação da equipe com a participação de alunos com deficiência. Encontramos docentes e outros atores interessados mas a participação do "sujeito deficiente" ainda precisa ser melhor sistematizada. ETAPA 2 - Mapeamento dos Alunos com Deficiência (2021/2-2022) - Precisamos conhecer nossa demanda. Sabemos que o número de alunos com deficiência no Campus Saúde vem num crescente, ultrapassando 90 matrículas, mas não os conhecemos e nem sabemos que demandas serão apresentadas em campo de prática. Mesmo com amplo apoio do NAI, da Escuta Acadêmica, dos monitores o alcance não chega a 30% dos alunos com deficiência cadastrados na UFMG em cursos da área da saúde. ETAPA 3 - Difundindo a Cultura da Inclusão e Acessibilidade (a partir de 2021/2) - Articulação da assessoria de comunicação do HC com a assessoria de comunicação das unidades que ofertam cursos de graduação em saúde no âmbito da UFMG para definição de uma identidade visual para o Projeto. - Estabelecer pactuação de apoio contínuo com os DA dos cursos de graduação da área da saúde. - Fomentar continuamente as discussões sobre inclusão e acessibilidade em campo de pratica com os colegiados e departamentos de unidades que já possuem alunos com deficiência no seu contingente de acadêmicos. - Manter estreita relação com o NAI/UFMG, assim como com os serviços de ouvidoria e apoio discente.
ETAPA 4 - O Campo de Prática: o que temos e o que precisamos para a articulação ensino/serviço/HC para inclusão e acessibilidade de alunos de graduação portadores de deficiência. Conclui-se a etapa 1 no primeiro semestre de 2022 e as etapas 2, 3 e 4 começam a apresentar resultados, nem todos positivos. Se faz necessário repensar o projeto numa perspectiva dos não alcançados. Daqueles que voluntaria ou involuntariamente não se colocam no radar das propostas de inclusão e acessibilidade no âmbito do Hospital das Clínicas.
ETAPA 5 - Rever proposta de buscativa para conhecer o público alvo (alunos com deficiência e que utilizam o complexo do HC como campo de prática pois encontramos resistência dos mesmos em "se mostrarem". ETAPA 6 - buscar estreitar e fortalecer relações com o NAI em função das mudanças ocorridas na diretoria do mesmo. ETAPA 7 - Organização do acolhimento presencial no HC, versão 2022/2, em 27/08/2022. ETAPA 8 - Estabelecer relações com outras instituições que fazem inclusão e acessibilidade, em especial no âmbito da prática (Rede Sarah. ONGs) buscando conhecer caminhos bem sucedidos de comunicação e interação com pessoas com deficiência.
 
Indicadores de avaliação:
O uso do Ciclo PDCA é uma importante ferramenta de planejamento, monitoramento e avaliação de um Projeto.
A estratégia de ação de avaliação é utilizando do ciclo PDCA de seis meses para as etapas 1 e 2 integralmente. A etapa 3 parcialmente. Um segundo ciclo PDCA para complementar a etapa 3 e executar a etapa 4. Contar com a participação de uma equipe de inclusão (conforme descrito na etapa 1 permitirá avalições periódicas e sistematizadas de percursos e resultados, além da perspectiva de uma avaliação pelos alunos com deficiência, principais envolvidos e beneficiados neste projeto. Completando um ano de Projeto alguns resultados já se apresentam mas muito se faz necessário para traduzi-lo em uma Política Institucional.
Seminários (2022 e 2023) apresentam os resultados, ganhos, custos, benefícios e investimentos necessários e induzir a partir daí o delineamento do seu futuro.
É preciso estruturar também um processo de avaliação na ótica do aluno com deficiência.
 
 
Estudantes membros da equipe
 
Plano de atividades:
Cabe aos acadêmicos envolvidos:
- Apropriar-se dos objetivos do Projeto;
- Ser capaz de conduzir as ações de mapeamento da situação dos alunos com deficiência em relação a sua inserção em campo de prática;
- Responsabilizar-se pela realização dos seminários integradores;
- Participar das reuniões periódicas do Projeto, documentando as mesmas e mantendo relatórios atualizados;
- buscar capacitação permanente na temática de inclusão e acessibilidade;
- desenvolver e incorporar ações de inclusão e acessibilidade no seu cotidiano acadêmico;
- participar ativamente em ações de inclusão e acessibilidade ofertadas no âmbito da UFMG e do Hospital das Clinicas;
- Familiarizar-se com o uso da planilha de Excel e outras ferramentas de produção de dados;
- atuar de forma contínua para identificar melhorias possíveis nas ações de inclusão e acessibilidade em campo de prática;
- propor e executar ações de visibilidade do projeto para que o mesmo alcance os "invisíveis";
- propiciar comunicação mais assertiva entre alunos com deficiência e o campo de prática;
- disponibilizar para desenvolver atividades extra-muros (tanto do HC como da UFMG);
- participar e contribuir, sempre que possível, para outros projetos, programas e eventos de inclusão e acessibilidade no âmbito do Campus Saúde.
 
Plano de acompanhamento e avaliação:
Considerando os cuidados que ainda temos que adotar em função da pandemia do Covid-19, mas com a redução de casos e indicadores epidemiológicos favoráveis, estão previstas 8h de atividades semanais presenciais no Hospital das Clínicas e demais atividades desenvolvidas e forma remota. O uso da ferramenta de comunicação do Microsoft Teams, principal ferramenta utilizada no HC para realização de reuniões, de envio e recebimento de tarefas. Os alunos serão cadastrados no e-mail institucional para acesso ao HC informa.
A elaboração de atas, relatórios e comprovação de frequência quando da atividade presencial também faz parte do plano de acompanhamento e orientação dos alunos.

Processo de avaliação:
Entende-se que projetos como este demandam avaliações processuais, de acordo com as etapas planejadas e o cronograma de execução. Com a primeira etapa concluída e as demais em processo de execução uma reformulação já foi percebida de compreender melhor a proposta do projeto sob a ótica de quem dele participará, determinando a necessidade de alinhamentos no seu planejamento/cronograma. É essencial que alunos com deficiência se integrem ao Projeto "deles e para eles". Este é o maior desafio do Projeto - alcançar os alunos invisíveis com deficiência. Avaliar, dentro do ciclo PDCA, torna-se não um processo quantitativo de desempenho, mas qualitativo de realinhamento de objetivos.
 
 
Informações específicas
 
Articulado com política pública: Sim
 
Vínculo com Ensino: Sim
 
Vínculo com Pesquisa: Sim
 
 
Informações adicionais
 
Informações adicionais:
Alguns alunos envolvidos (e já cadastrados na equipe) são alunos com deficiência e terão o papel de aproximar outras pessoas com deficiência, alunos ou colaboradores, que ainda se encontram fora da Educação Superior e que poderão ver nesta experiência a possibilidade de ser novos alunos na e da UFMG com inclusão desde o inicio até o final de sua trajetória acadêmica. A maior participação no entanto tem sido dos alunos interessados na temática e não necessariamente as pessoas com deficiência. Outra questão é buscar inserir no projeto os trabalhadores do Complexo Hospitalar que são pessoas com deficiência para uma maior aproximação de interesses. Um dos motivos da atualziação deste projeto, além de apresentar alguns resultados é inserção de novos alunos e cadastramento de um evento, vinculando o mesmo ao projeto - Olimpíadas Especiais.
 
 




 

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