Na região de Mariana, aconteceu o mais grave desastre da história de Minas Gerais. Trata-se do rompimento da barragem do “Fundão”, localizada no distrito de Bento Rodrigues e de propriedade da Samarco Mineração, empresa controlada pela Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, e pela BHP Billiton, multinacional anglo-australiana com atuação nos segmentos de petróleo e mineração.
Os efeitos do rompimento da barragem, que resulta no despejo de mais de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos, ainda não podem ser avaliados com exatidão. Mas é certo que os impactos e repercussões são múltiplos e há danos irreparáveis. O desastre, que poderia e deveria ser evitado, contém implicações ambientais, culturais, sociais, históricas, econômicas e também afetivas.
No dia 27 de novembro de 2015, a Universidade Federal de Minas Gerais, por meio da Pró-reitoria de Extensão, junto com representantes da Pró-reitoria de Extensão da UFOP, realizou visita a Mariana e ao distrito de Barra Longa para, em diálogo com os moradores, iniciar uma aproximação mais sistemática da realidade tanto ambiental, quanto social, econômica e cultural da região.
O processo de reconstrução da cidade e dos projetos de vida dos moradores atingidos, direta e indiretamente, pelo desastre será um processo longo e necessita de apoio de diversas ordens. As medidas mais imediatas, que envolvem acesso a água, vestuário, alimento e espaço para abrigo, têm sido tomadas, tanto pela prefeitura quanto por movimentos sociais, organizações não governamentais, grupos vinculados às universidades e instituições diversas que têm atuado cotidianamente na localidade.
Contudo, um processo de reconstrução, que seja comprometido com a vida e direitos das populações atingidas, exigirá um trabalho mais intenso, de médio/longo prazo, para diagnóstico dos problemas e proposição de ações de reconstrução em diversos âmbitos. Questões relacionadas ao meio ambiente, moradia, geração de emprego e renda, saúde, educação, cultura e lazer e muitas outras exigirão tempo para elaboração, reflexão e reconstrução.
A Universidade Federal de Minas Gerais, por seu compromisso público e político com os valores da cidadania e da justiça social, convida a comunidade acadêmica para integrar-se ao Programa Participa UFMG.
Objetivo geral:
Levantamento, junto à comunidade acadêmica da UFMG – grupos de extensão e pesquisa, de iniciativas que já vem sendo desenvolvidas na região de Mariana e em toda extensão do Rio Doce e que possam colaborar, em curto prazo, com a população atingida pelo desastre.
Objetivos específicos:
Não informado.
Metodologia:
Objetiva-se organizar um banco de dados de interessados e iniciativas que, diante de solicitações da população, do Ministério Público, do Estado, etc. possam ser acionados com agilidade para colaborarem com a situação em questão.
Indicadores de avaliação:
- Reuniões semestrais para acompanhamento das ações desenvolvidas pelos grupos cadastrados.
Estudantes membros da equipe
Plano de atividades:
1. Construção da linha do tempo do Desastre Mariana -Rio Doce e suas consequências;
2. Levantamento de matérias jornalísticas sobre o desastre;
3. levantamento de pesquisas e projetos de intervenção junto a população e território atingido.
4. Marcha de Regência a Mariana por ocasião de 01 ano do rompimento da Barragem
Plano de acompanhamento e avaliação:
Encontros mensais para planejmaneto, acompanhamento e avaliação das atividades
Processo de avaliação: Produtos finais + Envolvimento nas atividades