Conhecer o corpo humano é uma das curiosidades do público em geral, porém considerado de difícil compreensão tanto por estudantes quanto por professores do ensino fundamental e médio. Embora reconheçam-se os esforços e investimentos na educação básica, visando mudar a realidade educacional do país, o ensino de ciências ainda mostra um quadro defiicitário, em particular com o avanço das tecnologias digitais. Dentre as várias críticas ao ensino de Ciências e de Biologia, incluem-se a perda da sensibilidade, do cuidado e respeito ao próprio corpo, a escassez e/ou inexistência de material didático adequado, a inoperância de laboratórios para aulas práticas, fatores que alimentam a desmotivação de professores e alunos, tornando o ensino distante, pouco atraente e sem significado para o aprendizado. São apontados, ainda, o distanciamento entre os professores, as instituições de pesquisa e a sala de aula, o acúmulo de atividades resultando na falta de tempo e/ou interesse em manter-se atualizados e as más condições físicas das escolas, dentre tantos outros fatores, que explicam o desinteresse dos alunos e professores. Estes foram, inclusive, os principais motivos que levaram ao desenvolvimento do projeto de pesquisa que resultou na criação do Museu de Ciências Morfológicas (MCM) - quais eram as demandas dos professores, e também da comunidade e como atendê-las, estimulando principalmente estudantes e profissionais das áeas biológica e da saúde a buscarem, no conhecimento, motivação e compromisso para promover a saúde e preservar a vida com qualidade. Como espaço não formal de educação científica, o MCM vem contribuindo para a capacitação e atualização de professores, especialmente de escolas públicas tanto da capital quanto do interior do estado. Assim, com o desenvolvimento das atividades os professores são estimulados a atualizar o conteúdo, a bibliografia, além de adotarem o Museu como recurso didático para suas aulas práticas e, principalmente, aprendem a inovar e produzir material didático para suas aulas práticas. Ressalta-se a contribuição deste projeto de extensão para professores que trabalham em projetos e/ou escolas inclusivas.
Objetivo geral:
Contribuir para a melhoria do ensino formal de Ciências e de Biologia nas áreas das Ciências Morfológicas (Anatomia, Biologia Celular, Histologia e Embriologia), em atendimento à demanda de professores do ensino fundamental e médio, inclusive para aqueles que trabalham com pessoas com deficiêncai visual ou baixa visão, além de indivíduos com necessidades especiais de outras naturezas.
Objetivos específicos:
Objetivos
- Estimular o conhecimento das bases celulares; - Associar bases celulares a aspectos anatômicos; - Incentivar estudantes de diversas escolaridades na busca do aprendizado das ciências celulares, embriológicas e anatômicas.
- estimular os professores de Ciências e Biologia a buscar alternativas de ensino, aproveitamento o espaço da ciência na escola, além de envolver os estudantes nesta busca;
- proporcionar acesso ao estudo do corpo humano para fins de capacitação para estudantes de cursos técnicos
- incentivar alunos da EJA - Educação Jovem e Adultos na busca de conhecimentos
- promover acesso ao estudo do corpo humano a professores comprometidos com o ensino a estudantes com necessidades educacionais especiais;
- estimular os professores no uso de novas metodologias de ensino e produção de material dida¿tico e inovador no ensino das ciências biológicas;
- contribuir para que os professores percebam a importância de envolver a fami¿lia na educação dos filhos; interagir profissionais de diferentes a¿reas com o acervo do corpo humano, promovendo a interdisciplinaridade.
- incentivar os professores a utilizarem artigos de fontes de pesquisa interessantes, e que sejam confiáveis, para incrementar e abordar os conteu¿dos;
Metodologia:
O programa das Ciências Morfológicas é desenvolvido e baseado na interdisciplinaridade entre as quatro áreas do estudo do corpo humano: a Embriologia, a Biologia Celular e Histologia, e a Anatomia. As atividades teórico-práticas, acontecem na sequência: - parte teórica = Centro de Capacitação de Professores (CeCAP); - vivência com os conteúdos das vitrines, seguindo a distribuição dos sistemas orgânicos na área de exposição de acordo com a - consulta às referências bibliográficas = Biblioteca do MCM; - acesso à coleção de modelos tridimensionais da célula e órgãos = Laboratório de Pesquisa e Educação Inclusiva; - momento de interatividade = Espaço Educativo Externo.
Indicadores de avaliação:
A avaliação do presente projeto é parte integrante da metodologia de ação do Programa MCM. Além do retorno imediato dos visitantes sobre a qualidade das peças anatômicas que compõem o acervo, um material tão peculiar e de difícil aquisição, são destacados o cuidado com a manutenção da área física, no sentido de proporcionar um ambiente acolhedor, a receptividade do setor de agendamento, e ressalta-se a qualidade de atendimento dos mediadores (bolsistas PBEXT), alunos dos cursos de Ciências Biológicas, Biomedicina e Farmácia. Como seus projetos integram ensino e extensão, a avaliação se estendem para novas pesquisas e ações educativas. A equipe avalia e se auto-avalia, considerando sempre o cumprimento dos objetivos propostos, a metodologia utilizada, o desempenho da equipe (educadores e estagiarios), os resultados e os produtos gerados, assim como seu impacto. E com frequência, recebemos avaliações excelentes não só sobre o acervo, como também da equipe responsável.
Estudantes membros da equipe
Plano de atividades:
As atividades previstas no plano incluem: - acompanhar o público durante o período de visitação, para sanar dúvidas e/ou para estimular a busca por conhecimentos sobre o corpo humano;- colaborar com a manutenção/substituição/atualização do acervo que incluem as peças anatômicas reais (atividade acompanhada por professores especialistas em Anatomia); - colaborar com a manutenção/substituição/atualização do acervo que incluem as fotomicrografias (para estudo à microscopia de luz) (atividade acompanhada por professores especialistas em Biologia Celular e Tecidual); - colaborar com a manutenção/substituição/atualização do acervo que incluem as eletromicrografias [para estudo ao nível da ultramicroscopia eletrônica de transmissão (MET) e da ultramicroscopia eletrônica de varredura (MEV)] (atividade acompanhada por professores especialistas em Biologia Celular e Tecidual;- colaborar com a manutenção/substituição/atualização do acervo que incluem as peças do desenvolvimento embriológico (atividade acompanhada por professores especialistas em Embriologia; - caso seja possível voltarmos a oferecer cursos de capacitação (atividade rigorosamente vinculada a verba orçamentária da UFMG), os mediadores (bolsistas) serão envolvidos com as seguintes atividades: 1) na area acadêmica = a) seleção dos temas de cada area citada; b) separação do material adequado; c) criação da arte; d) escolha e preparacao da metodologia de ensino; e) aplicação da oficina.
Plano de acompanhamento e avaliação:
Com o devido cuidado e orientação da coordenação, os mediadores (bolsistas) são estimulados a realizar o planejamento listado no plano de atividades. Neste sentido, eles vão assumir tanto as tarefas de manutenção do acervo, quanto as atividades acadêmicas, lembrando que estas estão rigorosamente vinculadas a verbas orçamentárias da universidade e recomposição da equipe, como já mencionado. A cada etapa concluída, os mediadores serão avaliados quanto a: 1) frequência; b) pontualidade; c) cuidados com a manutenção das peças (os alunos recebem instruções quando inseridos no projeto); d) cordialidade com o público; e) retorno de informações confiáveis para o público. O processo de avaliação dos mediadores inclui as informações colhidas de formulários que serão disponibilizados aleatoriamente para o público, reservado ao visitante o direito de contribuir ou não com a pesquisa. Os mediadores também serão convidados a autoavaliação, considerado pela coordenação como importantes mecanismos de julgamento de suas atividades. Isso os tornam mais criticos e responsaveis. Lembrando que os bolsistas estao prioritariamente comprometidos com o atendimento presencial ao publico e avaliados quanto a producao do material postado e dos resultados.
Informações específicas
Articulado com política pública:
Sim
Vínculo com Ensino:
Sim
Vínculo com Pesquisa:
Sim
Informações adicionais
Informações adicionais:
O Museu de Ciências Morfológicas conta substancialmente com os bolsistas PBEXT que têm cumprido com excelência e responsabilidade o atendimento ao público. Para além do atendimento presencial, os mediadores desenvolvem atividades via mídias sociais, tendo obtido como retorno determinante participação, sedimentando cada vez mais a relevância do Museu de Ciências Morfológicas como referência de programa de extensão, ainda que geograficamente localizados no ambiente universitário.