Registro: |
500428
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Aprovado pelo CENEX em: |
12/03/2021
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Status: |
Ativo
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Título: |
COMPASSO - EPIC: Parcerias educacionais para inovações em comunidades |
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Data
de início: |
01/10/2018 |
Previsão de término: |
31/12/2022
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Data da última aprovação pelo Órgão Competente: |
12/09/2018 |
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Órgão Competente: |
Congregação |
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CARACTERIZAÇÃO |
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Ano
em que se iniciou a ação: |
2018
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Unidade: |
Escola de Arquitetura |
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Departamento: |
Departamento de Tec Arquitetura e Urbanismo |
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Principal Área
Temática de Extensão: |
Meio Ambiente |
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Área
Temática de Extensão Afim: |
Educação |
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Linha
de Extensão: |
Desenvolvimento Urbano |
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Grande
Área do Conhecimento: |
Ciências Sociais Aplicadas
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Palavras-chave: |
Mudanças climáticas, Resiliência urbana, Vulnerabilidade climática, Desenvolvimento sócio-econômico, Educação, Planejamento participativo |
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DESCRIÇÃO |
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Apresentação e justificativa: |
O Programa EPIC (Educational Partnerships for Innovation in Communities) é uma iniciativa da Universidade de Oregon (EUA), que estabelece uma parceria entre a universidade e a municipalidade, buscando desenvolver soluções para problemas apontados pela municipalidade durante período determinado de tempo.
Em 2017, a rede EPIC, que já envolvia mais de 30 universidades estadunidenses, começou a trabalhar com as Nações Unidas (ONU), a Agência Americana de Proteção Ambiental (EPA), a Fundação Americana para a Ciência (NSF), a Associação Internacional de Administradores de Cidades (ICMA) entre outras instituições para avançar, adaptando o modelo para países e economias em desenvolvimento. Foi realizada uma chamada internacional e selecionadas 24 parcerias universidade-municipalidade, que se reuniram em maio de 2017 para treinamento durante a Conferência Cidades Resilientes, em Bonn, Alemanha.
Uma dessas parcerias é entre a UFMG e a municipalidade de Belo Horizonte, que assim como a maioria das cidades brasileiras têm problemas ambientais associados a padrões de desenvolvimento e transformação de áreas geográficas. O quadro social do país agrava os impactos ambientais das mudanças climáticas nas cidades.
Em continuidade à implementação da sua Política de Enfrentamento às Mudanças Climáticas, a Prefeitura de Belo Horizonte realizou, entre Julho/2015 e Junho/2016, o estudo intitulado “Análise de Vulnerabilidade às Mudanças Climáticas no Município de Belo Horizonte”(http://conteudo.waycarbon.com/resumo-para-os-tomadores-de-decisao-estudo-de-vulnerabilidade-as-mudancas-climaticas-de-belo-horizonte) em parceria com a empresa WayCarbon. Neste estudo, foram avaliados os seguintes impactos climáticos potenciais: (i) inundações, (ii) deslizamentos, (iii) doenças tropicais e (iv) ondas de calor. A análise permitiu identificar as áreas mais vulneráveis do município, nas quais a intervenção deve ser priorizada, auxiliando, assim, a tomada de decisão. O estudo apontou 12 bairros onde a situação é crítica. Observa-se que todas as áreas de maior vulnerabilidade climáticas são áreas que já apresentam graves problemas sociais e de infraestrutura urbana.
O Programa Compasso é então resultado de uma parceria entre a UFMG e o município de Belo Horizonte com vista a lidar com o problema da vulnerabilidade climática.
O Programa tem por fundamentos:
i) a sustentabilidade como busca de resiliência do ambiente urbano desenvolvendo ações de adaptação aos efeitos das mudanças climáticas em territórios vulneráveis com base na integração dos ciclos naturais, culturais e socioeconômicos às atividades de desenho urbano;
ii) a participação entendida como o desenvolvimento de habilidades e competências junto aos atores envolvidos no Programa Compasso (da PBH, da EAUFMG e das comunidades) para escutar, receber, compreender, dialogar, decidir e se responsabilizar pelo processo de ocupação de um território, visando a instauração de processos de gestão participativa deste território;
iii) autonomia da gestão municipal, entendendo a prefeitura, enquanto gestora do ambiente urbano, apresenta ao Programa COMPASSO demandas de ações em territórios vulneráveis voltadas ao desenho urbano para a resiliência às mudanças climáticas. Espera-se que os resultados alcançados pelo Programa sejam incluídos pelo governo local nas suas atividades e procedimentos; e
iv) formação de alunos da UFMG por meio de construção, em parceria com a municipalidade e comunidade, de vivências e experiências didático-pedagógicas para desenvolvimento e/ou aplicação de conhecimentos e soluções voltadas para promoção de ações para resiliência urbana frente às mudanças climáticas em territórios vulneráveis.
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Objetivos gerais: |
Promover ampliação da qualidade do ambiente urbano, com gestão participativa e sentimento de pertencimento. Ampliar a resiliência urbana nas comunidades alvo.
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Objetivos específicos: |
Os objetivos específicos do Programa são: construir e aplicar conhecimentos e soluções práticas para aumentar a resiliência de comunidades (Paulo VI e Confisco, BH) a eventos resultantes de mudanças climáticas.
Como resultados esperados para alcançar esse objetivo listamos:
R1- Jovens profissionais capacitados de acordo com os fundamentos do Programa.
R2- Planos de ações urbanísticas para resiliência urbana elaborados e com gestão participativa das comunidades.
R3- Projetos de ações para resiliência (no Paulo VI e Confisco) entregues e, com algumas ações implementadas.
R4- Processo de trabalho sistematizado para replicação cujo tema é desenvolvimento de resiliência urbana em comunidades vulneráveis.
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Metodologia: |
O principal método de pesquisa que orienta o trabalho é a pesquisa-ação. O planejamento previsto propõe um conjunto de ações específicas para cada resultado esperado já apresentado. Cada uma dessas ações demandaram método específico e apropriado a sua natureza.
Resultado 1
R1.1 - Desenvolver pesquisas relacionadas aos fundamentos na pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado);
R1.2 - Viabilizar oportunidades de estágios na municipalidade;
R1.3 - Captar bolsas de extensão e de IC para o programa;
R1.4 - Definir e sistematizar a bibliografia pertinente aos fundamentos teóricos e metodológicos do programa para os níveis de graduação e pós-graduação;
R1.5 - Organizar e oferecer atividades acadêmicas na graduação e pós graduação relacionadas aos temas aplicando o arcabouço dos fundamentos teóricos;
Resultado 2
R2.1 - Conhecer e selecionar o processo metodológico a ser utilizado no Confisco e Paulo VI e identificar tecnologias a ser utilizada para aplicação da metodologia;
R2.2 - Definir e implementar estratégias de mobilização para o processo de planejamento
R2.3 - Desenvolver o Plano de ações urbanísticas para Resiliência através da aplicação da metodologia e identificar atores que serão responsáveis pela gestão participativa do plano;
R2.4 - Documentar o Plano de Ações Urbanísticas para Resiliência;
R2.5 - Realizar devolutiva e entrega do Plano de Ações Urbanísticas para Resiliência aos envolvidos
R2.6 - Identificar ações de resiliência de curto prazo às mudanças climáticas.
Resultado 3
R3.1 - Identificar no Plano e definir os projetos a serem implementados;
R3.2 - Desenvolver e desenhar cada projeto individualmente nas suas vicissitudes;
R3.3 - Fazer gestão dos agentes, meios e recursos para implementação de cada projeto;
R3.4 - Monitorar e avaliar a implantação dos projetos.
Resultado 4
R4.1 - Desenvolver e implementar estratégias de documentação memória do processo de trabalho nas áreas Conjunto Paulo VI e Conjunto Confisco;
R4.2 - Desenvolver e implementar a avaliação do processo de trabalho;
R4.3 - Sistematizar e documentar um processo replicável;
R4.4 - Formalizar entrega final do documento.
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Forma de avaliação da
ação de Extensão: |
As formas de avaliação serão definidas especificamente para cada cada ação do programa desenvolvida. Cada ação conta com indicadores definidos, formas de verificação e prazos estabelecidos.
É importante ressaltar que os processo de avaliação deverão contar com pelo menos um representante de cada um dos grupos envolvidos na ação: professores, alunos, técnicos da PBH e moradores da áreas de atuação. A natureza das avaliações também poderão variar entre qualitativa e quantitativa. |
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Site: |
www.arq.ufmg.br/epic |
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Origem do público-alvo: |
Interno e Externo |
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Caracterização do público-alvo: |
O público alvo é composto por: i) moradores das 2 bairros
listados entre os de maior vulnerabilidade climática no município de Belo Horizonte (8 mi habitantes); e ii) corpo técnico da PBH.
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Captação por edital de fomento: |
Não |
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Articulado com política pública: |
Sim
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ESTUDANTES MEMBROS DA EQUIPE |
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Plano de atividades: |
Bolsistas vigentes 2020
Graduação: Território Confisco ampliado:
1) Elaborar de relatório histórico, físico-urbanístico do território do Confisco ampliado (Belo Horizonte e Contagem);
2) Organizar e participar da oficina de co-criação de ideias para resiliência urbana com a comunidade;
3) Reuniões de discussão com comunidade para síntese do plano participativa de resiliência urbana da comunidade e participação na redação do plano.
Pós-graduação - Território Conjunto Paulo VI:
1) Mobilizar os produtores da agrofloresta Coqueiro Verde do conjunto Paulo VI;
2) Levantar demandas de infraestrutura da agrofloresta;
3) Participar da elaboração de projeto arquitetônico participativo para infraestrutura da agrofloresta;
4) Definir estratégias para mobilizar comunidade para oficina de cocriação de ideias.
Bolsas solicitadas 2021
Graduação 1
1) Produção de material audiovisual para mobilização e para difusão dos conhecimentos já produzidos;
2) Organizar e participar da oficina de co-criação de ideias para resiliência urbana na comunidade do conjunto Paulo VI;
3) Reuniões de discussão com comunidade para síntese do plano participativa de resiliência urbana da comunidade e participação na redação do plano.
Graduação 2 - Projeto coletivo de revegetação
1) Material para mobilizar moradores e para nivelar a informação em relação a revegetação ;
2) Elaborar propostas para revegetação no Conjunto Confisco;
3) Reuniões com a comunidade sobre a proposta de revegetaç |
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Plano de acompanhamento e
orientação: |
As orientações individuais acontecem semanalmente. Ocorre ainda semanalmente, uma reunião de coordenação do programa que conta com a participação dos alunos bolsistas. |
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Processo de avaliação: |
De modo geral os critérios de avaliação são:
1) Entrega em prazo definido;
2) Feedback anônimo dos membros da comunidade;
3) Feedback anônimo dos membros da comunidade e de técnicos da prefeituras.
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INFORMAÇÕES
ESPECÍFICAS |
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Infra-estrutura física: |
A infraestrutura física disponível para o desenvolvimento das atividades é o Laboratório de Conforto Ambiental e Eficiência Energética de Edificações da EAUFMG. Ele conta com estações de trabalhos e computadores para os profissionais envolvidos e equipamentos para realizar medições de variáveis ambientais, caso seja necessário. Dispõe também de estações de trabalho para estudantes de graduação e pós-graduação.
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Vínculo com Ensino:
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Sim
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Vínculo com Pesquisa:
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Sim
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Público estimado: |
8.000 |
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INFORMAÇÕES
ADICIONAIS |
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Informações adicionais: |
*PBH, WAYCARBON, CONRAD ADENAUER STIFTUNG. Análise de vulnerabilidade às mudanças climáticas do município de Belo Horizonte. PBH. Belo Horizonte, 2016.
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