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Programa - 500375 - COLMÉIA - GRUPO DE ESTUDOS, PESQUISA E EXTENSÃO EM ECONOMIA POPULAR E SOLIDÁRIA DA FACE/UFMG
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Registro: |
500375
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Aprovado pelo CENEX em: |
23/03/2018
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Status: |
Ativo
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Título: |
COLMÉIA - GRUPO DE ESTUDOS, PESQUISA E EXTENSÃO EM ECONOMIA POPULAR E SOLIDÁRIA DA FACE/UFMG |
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Data
de início: |
26/08/2016 |
Previsão de término: |
31/12/2018
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Data da última aprovação pelo Órgão Competente: |
31/08/2017 |
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Órgão Competente: |
Cenex |
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CARACTERIZAÇÃO |
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Ano
em que se iniciou a ação: |
2016
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Unidade: |
Faculdade de Ciências Econômicas |
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Departamento: |
Departamento de Ciências Econômicas |
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Principal Área
Temática de Extensão: |
Trabalho |
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Área
Temática de Extensão Afim: |
Educação |
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Linha
de Extensão: |
Emprego e Renda |
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Grande
Área do Conhecimento: |
Ciências Sociais Aplicadas
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Palavras-chave: |
economia popular, economia solidária, economia social, consumo solidário, redes solidárias, moedas sociais, tecnologia social |
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DESCRIÇÃO |
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Apresentação e justificativa: |
O grupo Colméia surgiu em 2014 como uma iniciativa de estudantes da Faculdade de Ciências que decidiram se aprofundar na discussão teórica e prática sobre Economia Popular e Solidária. Surgiu como um grupo de estudos e leituras, para então propor ações no âmbito da pesquisa e da extensão. Atuando com número significativo de voluntários, o grupo conta atualmente com alunos de graduação de vários cursos da UFMG. A compreensão do fenômeno urbano no Brasil passa pelo reconhecimento de diversidade de formas organizativas e inserções ocupacionais presentes na economia brasileira neste século. Para além da informalidade, trata-se de unidades produtivas que não cabem nas análises econômicas tradicionais, uma vez que não se voltam prioritariamente à maximização de lucros e nem têm sua produção organizada para fins estritamente econômicos. Em boa parte dos casos, o princípio do mercado convive com outros modos de integração econômica, como a domesticidade, a reciprocidade a redistribuição (Polany, 2011). Os laços de parentesco e de convívio por vezes marcam a coincidência entre o espaço de vida e o espaço da produção (Coraggio, 2000, 2008).
São diversos os conceitos voltados à compreensão das unidades de produção que não cabem completamente na economia empresarial capitalista e nem na economia do setor público. Na Europa, o termo economia social ganha relevância ao tratar as organizações de ajuda mútua, o comércio justo, as cooperativas e associaçôes de trabalhadores (Defourny, 2009; Amim, 2009). Na América Latina, a economia popular é realçada nos trabalhos de Coraggio (2000.2008a) e Razeto (1983, 1993) como locus da reprodução de boa parte da classe trabalhadora, vítima do desemprego em fins do século XX. Já a economia solidária é associada no Brasil a uma possibilidade pós-capitalista com base na autogestão e na ausência de exploração do trabalho pelo capital (Singer, 1997, 2002; Gaiger, 2007).
Embora a configuração atual aponte um conjunto de formas desintegradas e marcados pela carência e precariedade, é em parte das organizações individuais, familiares e associativas de base popular, que verificamos a perpetuação e repasse intergeracional do conhecimento tradicional e de formas, em assência criativas. Pode-se então pensá-las como mais que um paliativo em situações de desemprego ou como um resultado da insuficiente generalização do mecanismo de mercado e de seus critérios de eficiência. Trata-se de enfatizar a outra racionalidade explícita nessas organizações, bem como sua heterogeneidade e complexidade, como potencial para a construção de alternativas de desenvolvimento. Nesse sentido, o grupo Colméia busca se aproximas das práticas populares e solidárias em Belo Horizonte e Região Metropolitana, buscando identificar as principais características e gargalos dos empreeendimentos e iniciativas, bem como associar-se à rede de movimentos sociais e organizações de apoio e fomento ligadas ao tema.
No âmbito universitário, essa ação se mostra de extrema relevância, tendo em vista a escassez de trabalhos de extensão relacionadas ao curso de Ciências Econômicas e a possibilidade de vivências externas ao campus, permitindo a aproximação e diálogo entre os saberes acadêmico e popular no tema.
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Objetivos gerais: |
O grupo tem como objetivo principal construir uma agenda de formações e espaços comuns dentro e fora da Universidade, a fim de compreender as práticas e os desafios dessa produção em Belo Horizonte e Região Metropolitana, bem como construir uma rede de solidariedade junto aos empreendimentos, movimentos sociais e organizações de apoio e fomento. |
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Objetivos específicos: |
- Construção de uma agenda de formação interna ligada a temas relacionados à Economia Popular e Solidária, como a questão urbana, redes solidárias, agroecologia, agricultura urbana, reforma agrária, agricultura familiar, comércio justo, consumo solidário e economia feminista.
- Organização de vivências junto a empreendimentos, movimentos sociais e organizações de Belo Horizonte e Região Metropolitana, a fim de compreender os espaços, as lutas e desafios em torno da questão, bem como conformar uma rede de solidariedade junto aos participantes.
- Realização da Feirinha Agroecológica Colméia Solidária, com periodicidade semestral na Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG e em outros espaços identificados ao longo do trabalho;
- Estudo de experiências e construção de redes ligadas aos temas: certificação, sistema de colméia (atravessadores solidários), moedas sociais, tecnologias sociais, outros;
- Contribuir para a formação dos estudantes de graduação e pós-graduação através das trocas entre os saberes acadêmico e popular vivenciadas nas ações, superando o discurso e a prática de hegemonia acadêmica/científica, bem como da visão transdisciplinar acerca do tema;
- Divulgação aos estudantes e a todos os interessados da agenda de pesquisa e extensão e dos trabalhos basilares referentes ao tema.
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Metodologia: |
A ação de extensão se orientará pelas diretrizes da Política Nacional de Extensão Universitária. Atividades serão estruturadas através do diálogo e da troca entre os saberes acadêmico e popular, buscando a construção de redes junto a movimentos sociais, organizações de apoio, entidades do setor público relacionadas à Economia Popular e Solidária, e da consequente formação de conhecimentos interdisciplinares e práticas relacionadas ao tema.
A metodologia adotada pelo grupo será a da pesquisa-ação, em que o pesquisador (estudante ou docente) é reconhecido como participante do processo histórico-social em estudo, estando constantemente exposto ao aprendizado proporcionado pelo contato com o saber popular. Tal construção passa pela superação do modelo de ciência moderno e da decorrente separação entre a racionalidade científica e o chamado senso comum, propondo um olhar sobre a experiência e sobre as lacunas e os discursos inviabilizados pelo paradigma de conhecimento hegemônico. Um olhar inovador nesse sentido pressupões a superação das dicotomias características do pensamento moderno, natureza/cultura, natura/artificial, observador/observado (Sousa-Santos, 2008). Do mesmo modo a ação prezará pela interdisciplinaridade, buscando conformar um grupo de estudantes e docentes de diversas áreas do conhecimento, a fim de aproximar conceitos, metodologias e práticas com objetivos afins.
De modo mais específico, a atuação do grupo será estruturada a partir das ações do grupo:
- Realização de reuniões quinzenais, quando são definidas e conduzidas as ações do grupo;
- Definição e estudo de bibliografia de referência em temas relacionados à Economia Popular e Solidária.
- Identificação e estudo de experiências e construção de redes ligadas aos temas com o fim de identificar boas práticas passíveis de replicação;
- Identificação de empreendimentos, movimentos sociais e organizações de Belo Horizonte e Região Metropolitana e posterior realizações de vivências;
- Realização de rodas de conversa envolvendo discentes, docentes, representantes dos empreendimentos, movimentos sociais e entidades de apoio;
- Realização da Feirinha Agroecológica Colméia Solidária, o que pressupõe a atuação do grupo como atravessador solidário, o que envolve a seleção e contato com os empreendimentos, auxílio em relação à logística de transporte e armazenamento dos produtos, preparação do espaço e montagem das barracas, etc.
- Interação com o ensino por meio da disciplina Leituras em Economia Popular e Solidária a ser ofertada anualmente na FACE/UFMG e voltada aos discentes dos diversos cursos: graduação e pós-graduação da Universidade. |
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Forma de avaliação da
ação de Extensão: |
A ação será avaliada por meio de encontros ao fim de cada semestre, em que serão discutidos o alcance das ações realizadas no período. Os alunos envolvidos serão avaliados a partir de relatórios individuais entregues semestralmente. |
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Site: |
https://www.facebook.com/colmeiasolidariaufmg/?fref=ts |
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Origem do público-alvo: |
Interno e Externo |
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Caracterização do público-alvo: |
O público-alvo é composto de estudantes de graduação e pós-graduação, que se interessam pelo tema, bem como empreendimentos da economia popular e da solidária e membros de outras inciativas ligadas ao tema.
Algumas das inciativas e experiências já contratadas são: AMANU (Educação, Ecologia e Solidariedade), MTST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), Feira Raízes do Campo e Associação dos Comerciantes do Shopping Popular Caetés.
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Captação por edital de fomento: |
Não |
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Articulado com política pública: |
Não
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ESTUDANTES MEMBROS DA EQUIPE |
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Plano de atividades: |
Os estudantes envolvidos deverão participar das seguintes atividades:
- Realização de reuniões quinzenais, quando serão definidas e conduzidas as ações do grupo;
- Definição e estudo de bibliografia de referência em temas relacionados à Economia Popular e Solidária;
- Identificação e estudo de experiências e construção de redes ligadas ao tema, com o fim de identificar boas práticas passíveis de replicação;
- Identificação de empreendimentos, movimentos sociais e organizações de Belo Horizonte e Região Metropolitana e posterior realização de vivência;
- Participação em rodas de conversa envolvendo discentes, docentes, representantes dos empreendimentos, movimentos sociais e entidades de apoio;
- Realização da Feirinha Agroecológica Colméia Solidária;
- Realização de entrevistas e aplicação de questionários, quando for o caso;
- Organização e sistematização de dados coletados em campo;
- Alimentação da página do grupo do Facebook;
- Confecção de relatórios semestrais a serem entregues à coordenação.
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Plano de acompanhamento e
orientação: |
O estudante será acompanhado e orientado durante as reuniões quinzenais e em outros momentos definidos ao longo da ação de extensão, bem como durante as vivências. |
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Processo de avaliação: |
A atuação do estudante será avaliada por meio do contato individual, nas reuniões quinzenais, durante as vivências, e a partir de relatórios individuais entregues semestralmente aos coordenadores. |
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INFORMAÇÕES
ESPECÍFICAS |
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Infra-estrutura física: |
A atuação do grupo utilizará a infra-estrutura do Cedeplar/UFMG, laboratórios de informática, salas de reunião, auditórios e salas de pesquisa.
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Vínculo com Ensino:
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Sim
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Vínculo com Pesquisa:
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Sim
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Público estimado: |
200 |
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INFORMAÇÕES
ADICIONAIS |
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Informações adicionais: |
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Fones: (31) 3409-4062 Fax: (31) 3409-4068 - E-mail: siex@proex.ufmg.br
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